04/11/2025 às 12h41min - Atualizada em 04/11/2025 às 12h41min

Aonde irá Caroline de Toni

Deputada foi comunicada por Jorginho de que não há espaço para ela no PL

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Foto: Divulgação

Estrela em ascensão da direita brasileira, a deputada federal Caroline de Toni deve deixar o PL e seguir provavelmente para o Novo, após receber no domingo passado (2) a visita do governador Jorginho Mello, presidente estadual do PL, na qual teria indicado a falta de espaço para a parlamentar na sigla.

Líder da minoria e ex-presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, a mais votada na reeleição, em 2022, a advogada Carol de Toni foi limada do PL por Jorginho, que deu a informação pessoalmente à deputada, na residência dela, em Xanxerê.

Quem disparou a informação foi a deputada estadual Ana Caroline Campagnolo (PL), campeã de votos à Assembleia, na última eleição, que escancarou o desconforto de uma parte importante do partido, que defende Caroline de Toni ao Senado e a segunda vaga a Esperidião Amin (PP), conforme o acordado anteriormente.

Em resumo: Jorginho precisa do tempo de rádio e TV da Federação União Progressista (União Brasil e PP) e bancou a pré-candidatura do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), imposta por Jair Bolsonaro (PL), que criou mais um problema interno, pois o ex-presidente já disse ao governador que estará com Carol onde ela estiver, o que deixou um cheiro de crise no ar.

A deputada não deve se manifestar nos próximos dias, enquanto aguarda o parto da segunda filha.

Carol é defendida pela família Bolsonaro

Capaz de fazer gestos como o de abrir mão da liderança da minoria em nome do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos, em uma manobra para ele não perder o mandato, mesmo que a operação não tenha dado certo Carol de Toni ganhou mais ainda o respeito dos Bolsonaro e de grande parte do grupo no entorno do ex-presidente. Quando a deputada Ana Campagnolo criticou a situação que deixou Carol de fora da chapa ao Senado, falava em nome de uma significativa parcela do bolsonarismo, que tem voto e mandato, embora o alvo das críticas tenha sido justamente a intenção de Carlos Bolsonaro.

Na prática, Carol não deixará de buscar o projeto ao Senado, de olho em um segundo voto justamente para quem escolher Carlos Bolsonaro, uma ironia política que costuma derrubar caciques e dar força para os adversários deles, tais como o prefeito de Chapecó João Rodrigues (PSD).

Se for para o Novo, Carol terá o também deputado federal Gilson Marques como companheiro de chapa majoritária, mas se decidir ir para o União Brasil poderá bater chapa com Amin em outro território, o dele, e criar outra saia justa para Jorginho.

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