A Diocese de Criciúma viveu um momento histórico nesta sexta-feira, 15 de agosto, quando, ao celebrar os 27 anos de sua instalação, oficializou também a abertura de seu Tribunal Eclesiástico Diocesano. A cerimônia ocorreu no auditório do Colégio São Bento, em Criciúma, reunindo autoridades, religiosas e fiéis.
Até então, os processos canônicos da Diocese de Criciúma eram conduzidos por sua Câmara Eclesiástica, uma extensão do Tribunal Eclesiástico Interdiocesano e de Apelação de Florianópolis. Com a instalação do Tribunal, a Diocese passa a ter autonomia para conduzir, de forma integral, os processos previstos pelo Código de Direito Canônico, que orienta a vida da Igreja em unidade com a Palavra de Deus.
Segundo o documento da Igreja, a missão do Tribunal vai além da aplicação da lei, passando a ser uma expressão concreta do amor pastoral da Igreja, que busca ordenar a vida eclesial a partir da compaixão de Cristo Bom Pastor. “Antes de ser um conjunto de normas, o Tribunal é um gesto de cuidado com cada fiel, um serviço que revela o rosto misericordioso da Igreja”, destacou o bispo diocesano, Dom Jacinto Inacio Flach.
A solenidade contou com a presença do arcebispo metropolitano de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck; do vigário judicial do Tribunal Eclesiástico Interdiocesano e de Apelação de Florianópolis, padre Tarcísio Pedro Vieira; e do recém-nomeado vigário judicial do Tribunal Eclesiástico Diocesano de Criciúma, padre Gabriel Manarim Dalmolin. Durante a cerimônia, o chanceler do bispado, padre Joel Sávio, realizou a leitura da provisão de Vigário Judicial, oficializando sua missão à frente do Tribunal.
O Tribunal Eclesiástico de Criciúma é formado pelo vigário judicial, padre Gabriel Manarim Dalmolin, pelo defensor do vínculo, padre Wagner Ferreira Pereira, pelos auditores padre Jonas Emerim Velho, padre Carlos Mateus Possamai Della e Douglas Patrício Pierre, pelos assessores padre Fabiano Schwanck Colares e Claiton César Savi, que também atua como auditor, além de Gisele Garcia Conceição, moderadora da Chancelaria e notária, e Laércio Machado Júnior, notário.
“Recebo com humildade e espírito de serviço a missão de conduzir este Tribunal Eclesiástico. Nosso compromisso é agir sempre à luz do Evangelho, oferecendo um caminho de justiça que esteja profundamente enraizado no amor e na misericórdia de Cristo. O Tribunal não existe apenas para aplicar a lei, mas para ajudar as pessoas a reencontrarem paz, verdade e reconciliação em sua caminhada de fé e salvação”, pontua padre Gabriel.