Um caso alarmante ocorrido em Palmeira dos Índios, Alagoas, nesta quinta-feira (4/9), levantou questões sobre os procedimentos médicos em unidades de saúde do estado. Um idoso de 90 anos, que havia sido declarado morto pela equipe da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município, foi encaminhado ao necrotério, onde seus familiares perceberam que ele ainda apresentava sinais vitais.
Conforme informações divulgadas pelo repórter Bruno Protásio, da TV Pajuçara, o idoso deu entrada na UPA na última segunda-feira (1º/09). Na madrugada seguinte, por volta das 2h30, sofreu uma parada cardiorrespiratória. A equipe médica informou que seguiu todos os protocolos de reanimação, mas declarou o óbito após as tentativas serem consideradas sem sucesso.
O corpo do idoso foi então levado ao necrotério, onde, para a surpresa da família, notaram que o homem ainda respirava e emitia sons semelhantes a roncos. Ao averiguarem o pulso, os médicos confirmaram que ele estava vivo e o transferiram novamente para a UPA para novos exames e observação médica.
Apesar da esperança renovada, o paciente não resistiu e veio a falecer na madrugada do dia 3 de setembro. Seu corpo foi liberado posteriormente para os procedimentos de sepultamento.
A direção da UPA de Palmeira dos Índios emitiu uma nota oficial, afirmando que todos os protocolos médicos foram seguidos corretamente e que se colocou à disposição das autoridades policiais e judiciais para esclarecer o ocorrido e fornecer toda a documentação necessária sobre o atendimento.
O episódio gerou grande indignação e um forte abalo emocional entre a família do idoso, que chegou a temer um erro médico grave. Especialistas ressaltam que, em casos raros, condições como a catalepsia, um distúrbio neurológico que pode simular a morte, podem confundir médicos. Contudo, a situação ainda será analisada pelas autoridades competentes.