A notícia sobre a possibilidade de um novo ciclone bomba em Santa Catarina nesta semana causou preocupação.
De fato, os próximos dias serão marcados por condições climáticas desfavoráveis, com a presença de uma frente fria.
Nas últimas horas, foram registrados ventos fortes, trovoadas e chuva no Sul catarinense.
No entanto, o meteorologista Piter Scheuer descarta a ocorrência de ciclone bomba.
“O pessoal pode ficar tranquilo porque não tem ciclone bomba, mas há temporais e tempestades, o que é comum para esta época do ano. Setembro é o mês das tempestades. É preciso ficar alerta, sim, mas não chega a ser um ciclone bomba, como aquele que tivemos em 2020 e que devastou o estado. O ciclone existe, mas está no Oceano Atlântico. O que passa por aqui é uma frente fria que traz chuvas, temporais e, em alguns pontos, tempo severo. Essa frente fria já se afasta e o tempo volta a firmar no estado”, explicou.
O último ciclone bomba que atingiu o Sul do Brasil ocorreu em 30 de junho de 2020.
Na ocasião, foram registradas 15 mortes, sendo 11 em Santa Catarina, principalmente no Oeste e no Vale do Itajaí.
Os ventos chegaram a 130 km/h, cerca de 1,5 milhão de pessoas ficaram sem energia elétrica, 192 ficaram desabrigadas e 11,5 mil desalojadas. Ao todo, 165 municípios relataram prejuízos que ultrapassaram R$ 277 milhões.
Alerta vigente
Segundo a Defesa Civil, o vento muda para a direção sudoeste/sul na região litorânea a partir da tarde desta terça-feira (09), com intensidade média entre 20 e 30 km/h e rajadas de 50 a 70 km/h.
Isso deve provocar aumento da agitação marítima, com ondas de 2 a 3 metros e picos ainda maiores em alto-mar até a manhã de quarta-feira (10).
O órgão informa que o risco é moderado para ocorrências relacionadas à agitação marítima entre o Litoral Sul e a Grande Florianópolis.