Deu o que falar: Trump alerta gestantes sobre riscos do Tylenol e possível relação com autismo

Trump enfatizou que a orientação é limitar o uso do analgésico apenas a situações específicas, como casos de febre.

  • Ir para GoogleNews
23/09/2025 16h14 - Atualizado há 5 horas
2 Min

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (22/9) que a FDA (Agência de Administração de Alimentos e Medicamentos) vai orientar médicos a alertarem gestantes sobre os possíveis riscos do uso do Tylenol, sugerindo que o medicamento “pode estar associado a um risco maior de autismo”.

“Tomar Tylenol não é bom. Eu digo: não é bom”, declarou Trump, acrescentando que a recomendação oficial será para que grávidas evitem o produto “a menos que seja clinicamente necessário”. O presidente destacou que o uso do analgésico deve ser restrito a situações específicas, como febre.

O anúncio foi feito no Salão Oval, com a presença do secretário de Saúde, Robert F. Kennedy Jr., do chefe da FDA, Dr. Marty Makary, do diretor dos Institutos Nacionais de Saúde, Dr. Jay Bhattacharya, e do administrador dos Centros de Serviços Medicare e Medicaid, Dr. Mehmet Oz.

Debate científico sobre o uso de Tylenol na gestação

Especialistas ressaltam que o autismo envolve fatores genéticos e ambientais, e que ainda não há consenso científico sobre uma possível relação entre o uso de paracetamol durante a gestação e o transtorno.

O Tylenol é tradicionalmente considerado o analgésico de venda livre mais seguro para grávidas, principalmente para tratar febre ou dores leves. Medicamentos alternativos, como ibuprofeno e aspirina, estão associados a riscos maiores durante a gestação.

Posicionamento da fabricante

A Kenvue, responsável pelo Tylenol, respondeu às declarações de Trump, reforçando que gestantes devem consultar médicos antes de usar qualquer medicamento. A empresa destacou que o paracetamol continua sendo a opção mais segura de analgésico durante a gestação, quando usado conforme necessidade médica.

Em nota, a Kenvue afirmou:

“Mais de uma década de pesquisas rigorosas confirmam que não há evidências confiáveis que vinculem o paracetamol ao autismo. Apoiamos os profissionais de saúde que revisaram a ciência e concordam com essa avaliação.”

A empresa também alertou que, sem o paracetamol, gestantes teriam de recorrer a alternativas mais arriscadas ou suportar condições como febre, que podem afetar mãe e bebê.


Quer receber notícias como esta em seu Whatsapp?
Entre em nosso Grupo para receber notícias em primeira mão


Siga-nos no Instagram e no Facebook
  • Ir para GoogleNews
Notícias Relacionadas »