A Fórmula 1 perdeu um de seus nomes mais respeitados fora das pistas: Jochen Mass, ex-piloto alemão que morreu aos 78 anos.
Vencedor do GP da Espanha de 1975, ele se destacou não apenas pelos resultados em corridas, mas pela influência como mentor de jovens talentos, entre eles Michael Schumacher, e pela proximidade com o automobilismo brasileiro.
Carreira e influência nos bastidores
Mass disputou 114 corridas entre 1973 e 1982, marcando 71 pontos. Estreou na Surtees, viveu o auge na McLaren e também competiu em provas de longa duração, como as 24 Horas de Le Mans.
Mesmo sem conquistar um título mundial, consolidou-se como referência em ética, técnica e orientação. Nos anos 1980, enquanto Ayrton Senna surgia como ídolo, Mass atuava em programas da Mercedes, apoiando novos pilotos e transmitindo valores como disciplina, constância e visão estratégica.
Conexão com o Brasil
Desde os anos 1970, esteve presente em edições marcantes do GP do Brasil, dividindo o grid com Emerson Fittipaldi, José Carlos Pace e Nelson Piquet. Também participou de iniciativas de formação e testes que abriram espaço para jovens talentos brasileiros.
Em 2024, sua icônica McLaren M23 voltou às pistas em Mugello, como homenagem à sua carreira.
Legado
Instrutores e pilotos brasileiros ainda citam Jochen Mass como exemplo de serenidade e inteligência em pista. Seus ensinamentos mais lembrados envolvem o controle emocional em largadas, a comunicação clara com engenheiros e a humildade mesmo após vitórias.
Veteranos como Nelson Piquet e Fittipaldi destacaram que sua convivência foi fundamental, tanto no aspecto técnico quanto na postura profissional.