Hospital Dom Joaquim implanta primeira válvula aórtica transcateter pelo SUS

IMAS não mediu esforços e investiu em tecnologia para trazer essa técnica que é menos invasiva e mais segura para os pacientes cardíacos

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29/09/2025 15h59 - Atualizado há 4 horas
3 Min

O Hospital Dom Joaquim, administrado pelo Instituto Maria Schmitt (IMAS), realizou pela primeira vez um procedimento de implante de válvula aórtica transcateter (TAVI) pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para viabilizar o avanço, o IMAS investiu em tecnologia, possibilitando a aplicação da técnica, considerada menos invasiva e mais segura para pacientes cardíacos de alto risco cirúrgico, como foi o caso do idoso de 80 anos diagnosticado com estenose aórtica que foi beneficiado pelo procedimento.

Segundo o médico cirurgião cardiovascular  Dr. Américo Kitawara, a escolha pela TAVI se deu porque o paciente apresentava risco cirúrgico elevado devido à idade e às comorbidades.

“A grande vantagem do procedimento é que não há necessidade de uma otimização prévia complexa, apenas o controle das comorbidades, que o paciente já vinha realizando antes da indicação cirúrgica”, explica.

O procedimento durou cerca de 60 minutos e contou com a participação direta do cirurgião e de um instrumentador, com toda a equipe de cirurgia aberta de sobreaviso para qualquer eventualidade. Após a intervenção, o paciente permaneceu 24 horas na UTI e outras 12 horas na enfermaria, evoluindo bem para a alta hospitalar.

Para Dr. Américo, os primeiros resultados já demonstram o sucesso da técnica.

“Durante o intra e o pós-operatório realizamos ecocardiogramas que confirmaram a eficácia da intervenção. A melhora clínica é praticamente imediata. Esse paciente retornou após sete dias surpreso em como havia melhorado a falta de ar e o cansaço”, destacou.

De acordo com o cirurgião, essa é uma importante conquista que irá beneficiar toda a população.

“Trata-se de uma grande vitória para o Hospital Dom Joaquim, pois abre as portas para tratar pacientes que antes eram considerados inoperáveis. A TAVI não exige abertura do tórax para fazer a troca da válvula, a substituição é realizada por meio de um cateter introduzido na região femoral até o coração. Isso diminui muito os riscos, reduz a dor, o tempo de internação e acelera a recuperação do paciente”, explica.

O paciente, da cidade de Turvo, ficou apenas um dia na UTI para observação e outro dia na clínica, recebendo alta em seguida — um tempo muito inferior ao das cirurgias tradicionais, que podem levar até 5 horas de sala cirúrgica e demanda dias de recuperação hospitalar.

Para Ederson Nunes Jacinto, enfermeiro perfusionista do hospital e integrante da equipe que realizou o procedimento, a novidade representa um avanço importante no acesso da população a um tratamento de alta complexidade.

“Apesar de ser um método já conhecido em grandes centros, o custo elevado faz com que sua realização ainda seja limitada. O SUS cobre parte do valor, mas o procedimento envolve uma equipe multidisciplinar e insumos de alto custo. O Instituto Maria Schmitt não mediu esforços e destinou um investimento robusto para viabilizar o procedimento, garantindo que ele pudesse ser oferecido pelo SUS. Graças a esse comprometimento, o hospital conseguiu realizar o primeiro caso e já se prepara para atender outros pacientes que aguardam pelo mesmo tratamento”, afirma.


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