Crime chocante: grupo é preso por coleta ilegal de sangue de gatos

Caso ocorreu em São Paulo e é investigado como abuso contra animais.

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07/10/2025 14h38 - Atualizado há 5 horas
3 Min

Crime chocante: grupo é preso por coleta ilegal de sangue de gatos
Foto: Polícia Civil

A Polícia Civil prendeu três pessoas, entre elas um estudante de veterinária, suspeitas de envolvimento em um esquema de coleta clandestina de sangue de gatos em Monte Alto (SP). As prisões ocorreram no último fim de semana, após denúncias e investigação sobre a prática irregular.

De acordo com a polícia, o grupo pagava R$ 50 a tutores que disponibilizassem seus animais para a retirada de sangue. Há suspeita de que o material coletado seria enviado para uma clínica regularizada em outra cidade.

Como o caso foi descoberto

O esquema veio à tona após um anúncio nas redes sociais que oferecia R$ 50 para quem permitisse a coleta de sangue dos próprios gatos. O texto foi publicado em um status de WhatsApp e chamava tutores interessados em “ganhar dinheiro fácil”.

A Guarda Civil Municipal rastreou o responsável pela postagem e chegou a uma residência na Rua Marciano de Vasconcelos Nogueira, onde o grupo realizava os procedimentos. No local, foram encontradas condições insalubres, equipamentos veterinários e seis gatos desacordados.

Entre os animais resgatados, uma gata testou positivo para o vírus da imunodeficiência felina (FIV), conhecido como Aids felina, doença que não tem cura e enfraquece o sistema imunológico dos gatos.

Quem foi preso e o que dizem as investigações

Três pessoas foram presas:

Cleiton Fernando Torres, 37 anos, estudante de veterinária de Bady Bassit (SP);

Sandra Regina de Oliveira, 50 anos, aposentada, de Monte Alto (SP);

Ângela Aparecida Alves Ribeiro, 42 anos, empregada doméstica, também de Monte Alto.

Outros dois investigados: Everton Leite Silva, 37, e José Luiz de Lima, 63, foram ouvidos e liberados.

Conforme a Lei de Crimes Ambientais (9.605/98), todos respondem por maus-tratos a animais. Cleiton foi o único mantido preso após audiência de custódia no domingo (5).

Linha de investigação

O delegado Marcelo Lourenço dos Santos afirmou que há indícios de que o sangue coletado seria enviado para uma clínica veterinária de São José do Rio Preto (SP).

“Estamos investigando para identificar outras pessoas que possam fazer parte desse esquema criminoso”, afirmou o delegado.

O que dizem os suspeitos

Segundo o boletim de ocorrência, os suspeitos afirmaram que trabalhavam como freelancers para uma clínica veterinária, realizando coletas de sangue para uso terapêutico.

A defesa de Cleiton alegou que a atividade não é ilegal, já que não há lei que proíba bancos de sangue veterinários. A nota afirma ainda que não há laudo comprovando maus-tratos, morte ou sofrimento dos animais.

Angela, dona da casa onde as coletas eram feitas, disse à polícia que autorizou os procedimentos acreditando que ajudava outros gatos doentes e que não recebeu dinheiro pelo serviço.

Em nota, a clínica Hemoser, de São José do Rio Preto, citada no caso, afirmou que a coleta de sangue veterinária não é uma prática ilegal e que o procedimento não causa maus-tratos aos animais doadores.


FONTE: Com informações do G1
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