05/02/2024 às 21h19min - Atualizada em 05/02/2024 às 21h19min

Harmonização facial faz mulher perder o lábio superior

Conheça a história de Mariana Michelini

Há 4 anos, Mariana Michelini, residente em Matão (SP), passou por um procedimento de preenchimento facial visando realçar seus lábios, queixo e maçãs do rosto. Contudo, o que deveria ser uma melhoria estética transformou-se em um pesadelo de saúde. Seis meses após o procedimento, Mariana acordou com inchaço, vermelhidão e intensa dor facial. A busca por respostas revelou que o preenchimento realizado continha PMMA (polimetilmetacrilato), não o ácido hialurônico inicialmente presumido.

O PMMA é um preenchedor permanente, em forma de gel, uma opção que, embora permitida pela Anvisa, é desaconselhada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica devido à sua natureza difícil de remover e a potenciais complicações.


O uso de PMMA em procedimentos estéticos é uma prática em desuso desde os anos 2000, devido aos riscos associados e à preferência por preenchedores reabsorvíveis, como o ácido hialurônico. A substância é considerada mais segura, com duração temporária de até dois anos e a capacidade de ser removida através de enzimas específicas.

A trajetória de Mariana, desde a descoberta do PMMA até as complicações severas, destaca a importância crítica de escolher profissionais qualificados e procedimentos seguros ao considerar intervenções estéticas.

Complicações e procedimentos de remoção

Ao relatar nas redes sociais o ocorrido, Mariana enfrentou não apenas os desafios físicos decorrentes do PMMA, mas também repercussões legais. Sua busca por soluções envolveu tratamentos intensivos, cirurgias para remover partes do PMMA e, posteriormente, procedimentos de reconstrução facial.

Desde 2021, Mariana enfrentou tratamentos com antibióticos, corticoides e intervenções para extrair o PMMA. Em dezembro de 2021, submeteu-se à primeira cirurgia de reconstrução, e o processo continuará nos próximos meses.

Alerta para riscos e orientações

O caso de Mariana ressalta a necessidade crítica de conscientização sobre os riscos associados a certos procedimentos estéticos. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica destaca a preferência por preenchedores reabsorvíveis e a importância de consultar profissionais capacitados.

Pacientes que consideram procedimentos estéticos devem buscar informações detalhadas sobre os produtos utilizados, optando por substâncias aprovadas e profissionais credenciados. O PMMA, devido à sua permanência e dificuldade de remoção, apresenta riscos substanciais, como evidenciado no caso de Mariana.

A conscientização sobre a escolha de profissionais qualificados, substâncias seguras e a compreensão dos potenciais riscos são fundamentais para a segurança e o bem-estar dos pacientes em procedimentos estéticos. A busca por padrões de excelência e transparência na indústria estética é crucial para evitar complicações graves e assegurar resultados positivos.


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