14/05/2024 às 11h54min - Atualizada em 14/05/2024 às 11h54min

Morte de médico em abrigo, que ajudava vítimas de enchente no RS, causa comoção em todo o país

Dr. Leandro Medice tinha 41 anos e estava em missão humanitária

Arquivo Pessoal

Um médico capixaba de 41 anos, morador de Vila Velha, deixou o Espírito Santo na madrugada de domingo (12) para, acompanhado de amigos, ajudar nos resgates das vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul, mas acabou morrendo de forma repentina num abrigo de São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Ele foi encontrado já sem vida na manhã de segunda (13), depois de um dia inteiro de atendimento aos gaúchos desabrigados.

Leandro Medice, que era cardiologista, embarcou num voo particular fretado, junto com outros médicos, às 3h de domingo e passou o dia aferindo a pressão arterial de vítimas das enchentes

Ele foi dormir numa área mais afastada do alojamento para profissionais de saúde, uma vez que amigos relataram que Medice tinha consciência de que roncava muito. Os companheiros estranharam o fato de o médico não ter levantado no horário programado e se apresentado para o trabalho voluntário, já que ele era muito pontual, e quando foram despertá-lo constataram o trágico fato.

O acupunturista João Paulo Martins, marido de Medice, concedeu entrevista ao portal g1 e contou que o cônjuge jamais teve problemas de saúde e que não entende como a morte ocorreu.

“Ele era muito saudável, sempre cuidou da saúde. Nunca teve histórico nenhum de problemas. Eu ainda não consigo acreditar no que aconteceu. Quando me contaram, pensei que fosse brincadeira. Ele foi para ajudar as pessoas e aconteceu essa tragédia”, lamentou Martins.

O marido de Medice confirmou ainda a questão relacionada ao ronco, que fazia com que o companheiro optasse por dormir mais afastado, para não atrapalhar outras pessoas.

“Leandro roncava um pouco e, por isso, preferiu dormir mais afastado dos amigos. Me contou que era tudo muito organizado, que conseguiram um colchão muito limpo e que já estava com saudade de mim. Estávamos juntos há seis anos e disse que não lembrava qual tinha sido a última vez que tinha viajado sozinho”, recordou.

Medice era fisioterapeuta, sua primeira formação acadêmica. Depois tornou-se dentista e, por fim, formou-se em medicina, se especializando em cardiologia. De acordo com amigos próximos, nos últimos anos ele se dedicava à área de estética capilar, mantendo uma clínica do tipo em Vila Velha (ES).

A morte do médico foi constatada no próprio alojamento de São Leopoldo e princípio a hipótese mais plausível para o óbito é a de mal súbito. A verdadeira causa só será conhecida após a realização do exame necroscópico no cadáver da vítima.











Com informações da Revista Fórum


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