15/05/2024 às 10h56min - Atualizada em 15/05/2024 às 10h56min

“Vi a morte de perto, mas estamos todos vivos”, diz gaúcho que vai recomeçar a vida no Sul de SC

Cidades do Extremo Sul são as que mais recebem migrantes das enchentes

Foto: Divulgação/Prefeitura de São João do Sul

Enfrentando um dos maiores desastres naturais do Brasil, famílias gaúchas têm vindo para Santa Catarina. Aqui, estão sendo acolhidas pela Assistência Social em questões relacionadas a abrigos, encaminhamentos de documentação, benefícios eventuais e até para o mercado de trabalho.

Para ter números mais exatos e levantar que tipo de auxílio necessitam, a Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família (SAS) está mapeando as famílias que estão migrando do Rio Grande do Sul para Santa Catarina.

“Com base nesse mapeamento o Governo do Estado estuda a possibilidade de lançar um programa voltado especificamente a esses atendimentos, inclusive com auxílio para os municípios para eles prestarem esse acolhimento da melhor forma”, explica a secretária da SAS, Maria Helena Zimmermann.

A cidade de São João do Sul, por exemplo, já cadastrou mais de 100 pessoas que vieram do Rio Grande do Sul em virtude das cheias.

Marli da Rocha Nunes, 68 anos, é uma delas. A moradora do Bairro Mathias Velho, em Canoas, foi resgatada de barco junto com o filho deficiente e o marido, e perdeu tudo que tinha. Foi então que resolveu deixar o estado gaúcho e ir para a casa da irmã que mora em São João do Sul.

Rogério da Rosa, 49 anos, é filho de Marli e diz que a família viveu momentos de desespero.

“A mãe não acreditava que a água ia chegar na casa e depois ficou desesperada. Depois tivemos que ser resgatados. Pegaram a gente de sopetão num barco e fomos levados para um abrigo. Não conseguimos pegar nada, foi tudo muito rápido. Eu vi a morte de perto, mas estamos todos vivos”, desabafa.

A assistente social de São João do Sul, Mara Elenir Vefago, explica que a demanda tem aumentado bastante e as famílias que estão migrando, de modo geral, já são de pessoas de baixa renda e que precisam de toda ajuda.

“Todo dia estão chegando pessoas. Muitos vão para a casa de familiares, mas todos precisam de roupas, colchões, cobertas e alimentos. Aqui estamos fazendo todos os encaminhamentos necessários”, disse.

Outra cidade recebendo muitos gaúchos é Passos de Torres, que já acolheu 50 famílias gaúchas, totalizando 89 pessoas entre crianças, adultos, idosos e pessoas com deficiência.

“São pessoas que precisam de tudo, roupas, calçados, cobertores, materiais de higiene. Também estamos tentando auxiliar nas questões de documentação”, informa a assistente social, Ana Paula Cardoso.


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