07/02/2024 às 19h55min - Atualizada em 07/02/2024 às 19h55min

Especialistas alertam para cuidados com medicamentos em caso de suspeita de dengue

Doença já causou 36 mortes no Brasil desde o início do ano

Nesta quarta-feira (7), a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) emitiu um alerta importante sobre o uso de certos medicamentos em casos de suspeita de dengue. A doença, segundo dados do Ministério da Saúde, já causou 36 mortes no Brasil desde o início do ano até a última segunda-feira (5).

O presidente da SBI, Alberto Chebabo, destacou que medicamentos como ácido acetilsalicílico, popularmente conhecido como aspirina, são contraindicados, pois atuam sobre as plaquetas. "Como já há uma queda de plaquetas na dengue, não recomendamos o uso de aspirina", enfatizou o médico. Além disso, os corticoides também são contraindicados na fase inicial da doença.


O tratamento para a dengue, uma doença viral para a qual não existe antiviral específico, foca nos sintomas. O protocolo básico inclui o uso de analgésicos, antitérmicos e, eventualmente, medicamentos para controlar os vômitos. Os sintomas mais comuns incluem febre, vômito, dor de cabeça, dor no corpo e erupções avermelhadas na pele.

É crucial, segundo o infectologista, que pessoas com qualquer sintoma da doença não se automediquem, mas busquem atendimento médico em um posto de saúde para uma avaliação adequada. "A recomendação é procurar o médico logo no início, para ser avaliado, fazer exames clínicos, incluindo hemograma, para avaliar a gravidade [do quadro], e receber orientação sobre os sinais de alerta, para que a pessoa possa retornar caso esses sinais apareçam durante a evolução da doença", explicou Chebabo.

Os casos mais graves devem ser encaminhados para unidades de pronto atendimento (UPAs) e clínicas especializadas. O presidente da SBI ressaltou alguns sinais de alerta, como vômito persistente, dor abdominal intensa, tontura, desidratação, fadiga, sonolência e mudanças de comportamento, além de qualquer sinal de sangramento ativo.

Quanto ao período de carnaval, Chebabo afirmou que, embora os festejos não agravem diretamente o problema da dengue, eles podem sobrecarregar os serviços de saúde devido a outras doenças associadas, como traumas, infecções respiratórias e desidratação. "Esta é uma preocupação adicional, pois no carnaval há uma sobrecarga nos serviços de saúde devido a essas doenças associadas", concluiu o infectologista.


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