O ex-policial militar Lucas Maximiano, de 43 anos, foi absolvido da acusação de homicídio de Anderson Duarte após um julgamento que durou cerca de 24 horas.
A sessão do Tribunal do Júri na Comarca de Criciúma começou na quinta (18) e encerrou na sexta-feira (19).
A informação sobre a sentença, no entanto, só foi divulgada nesta semana. O julgamento ocorreu dez anos depois de o ex-PM ter sido apontado como o responsável pelo crime.
Por conta da acusação, ele foi afastado do cargo e, atualmente, trabalha como porteiro.
O ponto mais importante disso é que o Lucas, acusado, foi excluído da Polícia Militar em razão desses fatos. Mas o Tribunal do Júri reconheceu que ele não foi o autor dos disparos que causaram a morte da vítima. Inclusive, nós vamos pedir o reingresso dele na PM — informou o advogado de defesa, Renan Canto.
Relembre o caso
O crime aconteceu em novembro de 2013, no bairro Renascer, em Criciúma. Por volta das 6h, a PM foi acionada para atender a uma ocorrência de homicídio. A guarnição encontrou o homem, que não tinha antecedentes criminais, sem vida. Ao lado da vítima, havia cápsulas de munição deflagradas.
Os disparos teriam sido feitos por meio de uma pistola calibre .40, utilizada pela corporação. Segundo a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), Lucas Maximiano estaria no local na hora do crime.
A defesa, composta pelos advogados Cláudio Dalledone Júnior e Renan Canto, mostrou, por meio da análise de redes de celular, que o acusado não estava na cena naquele momento. Segundo a defesa, à época, o ex-PM estava de férias e, na hora do crime, se deslocava para Jaguaruna.