23/08/2024 às 15h41min - Atualizada em 23/08/2024 às 15h41min

Bombeiros de Criciúma participam de Curso de Prevenção à Saúde Mental

Iniciativa busca dar apoio psicológico aos militares

Nessa quinta-feira (22), 20 bombeiros do 4º Batalhão de Bombeiros Militar (4º BBM) de Criciúma participaram do curso "Guardiões da Vida", uma iniciativa de apoio mútuo e suporte psicológico entre os integrantes das unidades operacionais. Essa é a primeira vez que o projeto foi realizado de forma presencial, e tem como intuito proporcionar uma rede de suporte contínuo, fortalecendo a resiliência emocional e o bem-estar dos militares.

O curso abordou temas essenciais como o conceito e dados gerais sobre suicídio, fatores de risco e transtornos psicológicos. Além disso, incluiu um ciclo de abordagem voltado para identificar militares em adoecimento psicológico. O tenente BM Jean Abílio Silva, Chefe do Serviço de Psicologia do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina (CBMSC) e da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), reforçou a relevância do projeto. "A saúde mental é uma questão prioritária nas corporações. Estamos buscando capacitar nossos militares para que possam identificar sinais de adoecimento psicológico e agir de maneira rápida e eficaz”, ressaltou. 


Os objetivos do treinamento foram claros: identificar precocemente outros militares que estejam em risco de adoecimento psicológico, realizar o acolhimento inicial e, quando necessário, encaminhá-los para a equipe de saúde. O comandante do 4º BBM, Henrique Piovezam da Silveira, destacou a importância da iniciativa. “Essa capacitação é mais do que um treinamento, é um compromisso com a vida e com a saúde dos nossos militares. Precisamos estar atentos uns aos outros e criar um ambiente de acolhimento”, enfatizou o comandante.

Ao final, o objetivo é desenvolver uma rede de proteção interna contra o suicídio entre os militares, conectando os guardiões da vida aos profissionais de saúde. O tenente Jean enfatizou sobre a importância desse projeto ser realizado dentro da corporação. “Os militares já têm uma vulnerabilidade ao adoecimento mental, porque o trabalho acaba expondo eles em situações delicadas e até gerando estresse pós-traumático. Inclusive, nós temos dados de que o número de suicídios dentro da corporação na série histórica é duas vezes maior do que o da população em geral”, frisou. 


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