Homem é preso por divulgar fotos íntimas da ex-namorada em Nova Veneza

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20/12/2024 09h31 - Atualizado em 20/12/2024 às 09h31
2 Min

Homem é preso por divulgar fotos íntimas da ex-namorada em Nova Veneza
Foto: Arquivo/PM
 

A Justiça decretou a prisão preventiva de um homem residente em Nova Veneza, dois dias após ele criar um grupo de WhatsApp para divulgar fotos íntimas de sua ex-namorada.

O pedido foi feito pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio da 12ª Promotoria de Justiça da Comarca de Criciúma, com o objetivo de proteger a integridade física e psicológica da vítima.

Segundo o MPSC, o acusado descumpriu medidas protetivas decretadas em favor da ex-companheira e agiu para expô-la publicamente.

Além de enviar ameaças, realizar ligações e enviar mensagens com conteúdo sexual explícito envolvendo o ex-casal, o homem criou um grupo no aplicativo WhatsApp se passando pela vítima.

No grupo, ele adicionou centenas de pessoas, muitas delas conhecidas da vítima, e compartilhou imagens e vídeos íntimos da mulher.

Conforme o Ministério Público, as mensagens tinham caráter degradante e visavam humilhá-la e constrangê-la. A vítima tomou conhecimento do grupo após ser alertada por conhecidos.

A conduta do acusado configura crime tipificado no artigo 218-C do Código Penal, com pena de um a cinco anos de reclusão.

A pena pode ser aumentada em até dois terços caso o crime tenha sido motivado por vingança ou humilhação, ou tenha sido praticado por alguém que manteve relação íntima com a vítima.

De acordo com o promotor de Justiça Samuel Dal Farra Naspolini, o acusado nunca cessou seu comportamento ameaçador, mesmo após o deferimento das medidas protetivas em outubro de 2024.

 

“A Lei Maria da Penha protege, além da integridade física, a privacidade e a intimidade da mulher. Neste caso, o acusado agravou suas práticas de perseguição, utilizando tecnologia para expor a vítima, intensificando o abalo psicológico e restringindo sua liberdade e privacidade", destacou o Ministério Público no pedido de prisão.



O caso reforça a importância de denunciar crimes de violência e exposição contra mulheres, além de aplicar a lei para garantir sua segurança e dignidade.

 


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