19/01/2025 16h36 - Atualizado em 19/01/2025 às 16h36
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Foto: Reprodução/Internet
Léo Batista, uma das vozes mais marcantes da comunicação brasileira, morreu neste domingo (18), aos 92 anos.
O jornalista enfrentava
um câncer no pâncreas e estava internado desde o último dia 6 de janeiro. Após 13 dias de luta, faleceu deixando um legado inigualável no jornalismo esportivo nacional.
Batizado como João Baptista Bellinaso Neto, Léo nasceu em Cordeirópolis (SP), em 1932, e acumulou quase 80 anos de carreira.
Ele foi o primeiro jornalista a informar, em 1954, pelo rádio, o suicídio de Getúlio Vargas. Décadas depois, em 1994, noticiou pela TV Globo a morte de Ayrton Senna, logo após o acidente em Ímola, Itália.
Na TV Globo, onde trabalhou por mais de 50 anos, cobriu Copas do Mundo, Olimpíadas e Fórmula 1, além de comandar diversos programas esportivos.
Ficou imortalizado pelo quadro "Gols do Fantástico" e pelas apresentações ao lado da icônica "zebrinha" nos resultados da loteria esportiva.
Início precoce e mudança de nome Léo Batista começou a treinar a narração de jogos ainda menino, usando uma lata de tomate como microfone. Aos 15 anos, foi aprovado para trabalhar no serviço de alto-falante de Cordeirópolis.
Sua carreira profissional começou em rádios do interior paulista e avançou para a Rádio Globo, no Rio de Janeiro, em 1952.
O nome artístico surgiu por sugestão do jornalista Luiz Mendes, que considerava "Bellinaso Neto" pouco comercial.
Léo adotou a nova identidade com naturalidade, sendo chamado pelo nome artístico até por sua própria família.
Trajetória pioneira Léo foi um dos precursores dos programas esportivos da TV Globo, ajudando a lançar o Esporte Espetacular em 1973 e o Copa Brasil, que originou o Globo Esporte em 1978. Além do esporte, apresentou o Jornal Nacional, o Jornal Hoje e desfiles de Carnaval.
Seu talento para descrever gols e momentos decisivos do esporte fez história. Durante décadas, sua voz esteve presente em programas e transmissões que marcaram gerações de brasileiros.
Homenagens e legado Léo Batista foi homenageado em vida com uma série documental e teve uma cabine de imprensa batizada com seu nome no Estádio Nilton Santos.
Torcedor do Botafogo, ele continuou trabalhando até pouco antes de sua morte, reafirmando seu compromisso com a profissão.
Sobre o segredo do sucesso, dizia:
— Tem que ter gosto, tem que ter dom e tem que treinar. Léo Batista deixa uma trajetória que exemplifica paixão, talento e dedicação ao jornalismo esportivo.
Seu nome permanecerá como sinônimo de excelência na comunicação brasileira.
*Fonte: TV Globo