22/01/2025 16h31 - Atualizado em 22/01/2025 às 16h31
3 Min
A declaração de óbito de Ricardo Godoi, morto em Itapema ao tomar anestesia geral para fazer uma tatuagem, citou como possível causa o uso de anabolizante. A família, no entanto, afirmou à Polícia Civil que o empresário não usava as substâncias há cerca de 5 meses e que fez exames que indicaram aptidão ao procedimento. Além disso, o corpo não passou por perícia.
A delegacia da cidade no Litoral de Santa Catarina investiga o caso, ocorrido na segunda-feira (20), como suposto homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Nesta quarta (22), o corpo do empresário será exumado para passar por exames.
Godoi tinha 46 anos, era pai de quatro filhos, casado e dono de uma empresa de carros de luxo. Ele morreu no Hospital Dia Revitalite. A unidade de saúde ainda não se pronunciou sobre o ocorrido.
Segundo o delegado Aden Claus, responsável pela investigação, responsáveis pelo hospital não haviam sido ouvidos até a tarde desta quarta. O investigador, porém, conversou com uma familiar do empresário sobre a possível causa da morte:
"A certidão de óbito que tivemos acesso, conta lá, parada respiratória, parada cardíaca e devido ao uso de anabolizantes. Conseguimos, já no final da tarde de ontem, conversar com a familiar do Ricardo. Ela confirmou que ele não fazia mais uso de anabolizantes há uns cinco meses e, por isso, teria realizado alguns exames também, e estaria apto para fazer a tatuagem", explicou.
O que cita a declaração A declaração de óbito, assinada pelo médico Clício J. Dezorzi, diretor do hospital, cita no campo "condições e causas do óbito" os termos "indução anestésica", "parada respiratória" e "parada cardíaca".
Em um espaço abaixo, onde se pede "outras condições significativas que contribuíram para a morte, e que não entraram, porém, na cadeia acima, foi escrito "uso de anabolizante" (veja a imagem abaixo).
A vítima chegou a fazer a tatuagem? Conforme o estúdio de tatuagem responsável, Godoi teve uma parada cardiorrespiratório no começo do processo de anestesia geral, antes mesmo de a tatuagem começar a ser feita. Conforme a equipe, um cardiologista foi chamado para tentar reanimá-lo, sem sucesso.
Fonte: G1/SC