O goleiro Caíque, do Criciúma, foi alvo de injúria racial no final da partida contra o Brusque, realizada na noite deste sábado (8), no estádio Augusto Bauer, pelo Campeonato Catarinense.
Segundo o jogador, um torcedor adversário o chamou de "macaco" nos minutos finais do confronto, que terminou empatado em 1 a 1.
Após o ocorrido, Caíque se manifestou indignado. "Aceito me chamar de frangueiro, faz parte, mas me chamar de macaco não aceito. Estamos no século 21, tenho orgulho de ser preto", afirmou o atleta em entrevista ao portal Tabelando/Engeplus.
A situação gerou uma confusão próximo ao gol defendido pelo goleiro, chamando a atenção do técnico Zé Ricardo. "Olhei para o gol e o Caíque já estava discutindo com a torcida. Pedi para que ele mantivesse o foco, porque o jogo ainda não tinha acabado. Depois, fui entender o que aconteceu", explicou o treinador.
O Criciúma Esporte Clube prestou total apoio ao atleta e, por meio da assessoria de imprensa, informou que Caíque registrou um boletim de ocorrência na delegacia de Brusque.
O departamento jurídico do clube acompanhou o jogador no procedimento. O torcedor identificado foi preso em flagrante pela Polícia Militar.
Em nota oficial, o Criciúma repudiou o ato de racismo e cobrou medidas severas contra o agressor.
"O lamentável episódio fere não apenas os valores do esporte, mas também os princípios básicos de respeito e dignidade humana", destacou o comunicado.
O clube também ressaltou que sua delegação enfrentou ameaças no local da partida e cobrou providências para garantir segurança dentro e fora dos gramados.
O episódio reforça a necessidade de um combate efetivo contra o racismo no futebol.
O Criciúma reafirmou seu compromisso com a luta contra a discriminação e destacou que seguirá exigindo punições exemplares para casos como esse.