07/03/2024 às 20h02min - Atualizada em 07/03/2024 às 20h02min

Número de feminicídios no Brasil atinge recorde em 2023: 1 caso a cada 6 horas

Relatório divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP)

Foto: Danie Franco/Unsplash
O Brasil enfrenta um aumento alarmante nos casos de feminicídio, com um total de 1.463 mulheres vítimas dessa violência no ano passado. Esse número representa cerca de 1 caso a cada 6 horas e é o mais alto desde a criação da lei contra feminicídio em 2015.

O relatório divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) nesta quinta-feira (7) revela um aumento de 1,6% em comparação com 2022. O estudo destaca que 18 estados apresentaram taxas de feminicídio acima da média nacional, que é de 1,4 mortes para cada 100 mil mulheres.


Mato Grosso lidera as estatísticas, com a maior taxa de feminicídios em 2023, registrando 2,5 mulheres mortas por 100 mil habitantes. Em segundo lugar, Acre, Rondônia e Tocantins empatam com uma taxa de 2,4 mortes por 100 mil mulheres, seguidos pelo Distrito Federal, com 2,3 por 100 mil.

Por outro lado, os estados com as menores taxas de feminicídio foram Ceará (0,9 por 100 mil), São Paulo (1,0 por 100 mil) e Amapá (1,1 por 100 mil). No entanto, o relatório destaca a subnotificação no Ceará, onde apenas uma pequena parcela dos casos de assassinatos de mulheres recebe a tipificação de feminicídio.

O estudo também revela que, desde a criação da lei contra feminicídio, quase 10,7 mil mulheres foram vítimas desse crime no país. O aumento da violência baseada em gênero é preocupante, com o indicador de feminicídio evidenciando a gravidade da situação.

Em relação aos agressores, 73% dos crimes foram cometidos por parceiros ou ex-parceiros íntimos da vítima, destacando a urgência de políticas eficazes de proteção às mulheres.

Diante desse cenário alarmante, é fundamental promover uma cultura de denúncia e garantir o acesso das mulheres à proteção e à justiça. Denúncias de violência doméstica podem ser feitas através do telefone de emergência 190 da Polícia Militar ou pelo serviço 180, a Central de Atendimento à Mulher, do governo federal.


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