A madrinha de Hosana Esmeralda Silva Pegoraro, de 1 ano e 9 meses, assassinada no último domingo (25) em Vargeão, no Oeste de Santa Catarina, afirmou que o pai da criança era quem mais cuidava da menina. Em depoimento à imprensa, Andressa Araújo, casada com um primo do suspeito, relatou que o homem assumia os cuidados da filha com frequência, especialmente quando a mãe participava de eventos sociais. “Nós não conseguimos aceitar isso porque ele sempre cuidou da nenê, ele deixava tudo pra cuidar da nenê”, disse.
Segundo Andressa, a relação dos pais da criança era marcada por desentendimentos e brigas frequentes. A madrinha descreveu o ambiente como instável. “Era uma coisa perturbadora pra família, sabe? Ela sofria de estar rolando em meio às brigas”, relatou.
Ela também mencionou que a mãe da bebê registrava boletins de ocorrência, mas logo voltava atrás. “Ela fazia B.O., mas no outro dia distorcia a história e já voltavam”, contou.
Hosana foi morta após uma discussão entre os pais no assentamento Santa Rosa I, em Abelardo Luz. O pai teria deixado o local levando a criança, uma sacola de roupas e cordas, caminhando até uma área de mata em Vargeão. Lá, permaneceu por horas com a filha e enviou fotos e mensagens à família. Em uma ligação, confessou o crime.
A Polícia Militar iniciou negociações e o homem foi detido por volta da 1h15 de segunda-feira (26). O corpo de Hosana foi encontrado enforcado em um ponto de difícil acesso, localizado com base nas imagens enviadas pelo próprio suspeito.
Familiares e amigos publicaram mensagens nas redes sociais lamentando a morte da criança. O sepultamento ocorreu nesta terça-feira (27), na zona rural de Bom Jesus.