Número de escorpiões “mortais” encontrados em cidade do Sul Catarinense já passa de 90: “a situação é séria”

O escorpião-amarelo (Tityus serrulatus) é nativo do Brasil e considerado o mais venenoso da América do Sul.

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06/06/2025 13h17 - Atualizado há 1 mês
2 Min

A Vigilância Epidemiológica de Braço do Norte identificou mais 30 escorpiões amarelos (Tityus serrulatus) durante um novo mutirão noturno realizado na noite de terça-feira (3) no bairro Santa Luzia. Com isso, o número total de escorpiões capturados na localidade chega a 92, sendo 11 na primeira vistoria, 15 localizados por moradores, 11 em um segundo mutirão, 25 na ação da semana passada e agora mais 30.

O aumento expressivo no número de exemplares encontrados acende um alerta para a gravidade da infestação. A equipe da Vigilância segue utilizando lanternas de luz negra, que revelam a presença dos escorpiões durante a noite — período de maior atividade da espécie. “Estamos mantendo uma rotina intensa de fiscalização para conter a proliferação. A situação é séria e exige atenção contínua”, afirma a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Nágila Morgan.

A ação tem mobilizado não apenas a Secretaria de Saúde, mas toda a administração municipal. O secretário Michell Sombrio reforça que outras medidas estão em andamento, como o mapeamento de áreas críticas, orientação às famílias e novas fiscalizações. “Nossa resposta está sendo técnica e rápida. A segurança da população é nossa prioridade”, disse.

A Secretaria de Saúde pede o apoio da comunidade: manter quintais e terrenos limpos, vedar frestas, ralos e vãos nas residências, evitar o acúmulo de materiais e eliminar fontes de alimento para os escorpiões, como baratas. Em caso de avistamento, é fundamental não tentar capturar o animal e acionar imediatamente a Vigilância Epidemiológica.

O perigo do escorpião-amarelo

O escorpião-amarelo (Tityus serrulatus) é nativo do Brasil e considerado o mais venenoso da América do Sul. Ele possui uma capacidade reprodutiva impressionante por meio da partenogênese — processo em que fêmeas se reproduzem sem machos. Cada uma pode gerar em média 70 filhotes por ano. O controle da espécie é desafiador, e a colaboração da população é essencial.

A Vigilância Epidemiológica continuará monitorando de perto a situação e divulgando novas ações nas próximas semanas.


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