Familiares e amigos se despendem da empreendedora Daniela Ghizi de Jesus, a Dani, de 35 anos, vítima de feminicídio na noite dessa segunda-feira, em Criciúma.
O corpo está sendo velado na capela mortuária do cemitério do bairro Santa Luzia.
O sepultamento está previsto para às 17h no cemitério do bairro Guatá, em Lauro Müller.
Dani tinha um estúdio de beleza no bairro Cidade Mineira Nova e era bastante conhecida na região.
Nas redes sociais, mensagens de carinho, comoção e indignação.
“Quando uma mulher sofre o que ela sofreu, junto se vai um pedaço de cada uma que já sofreu qualquer tipo de violência, seja física ou verbal. Que ela descanse em paz e que Deus conforte o coração da família”.
“Até quando isso vai acontecer e as leis do Brasil nada faz com esses covardes que acham que a mulher é propriedade deles. É muito revoltante ver isso todos os dias e essa lei do Brasil nada faz”.
"Muito triste uma pessoa que mata outra e depois tira a própria vida não tem Deus no coração, infelizmente. Que deus abençoe esse filho que estava junto. Sem palavras. Meus sentimentos à família”.
“Quantas mães, quanta crueldade, quantos filhos órfãos”.
“Inaceitável. Cheia de vida, linda. Pobre anjo sem a mãe”.
O crime
O crime brutal de feminicídio, seguido de suicídio, foi registrado em um condomínio no bairro Mina União.
Segundo informações da Polícia Militar, a guarnição foi acionada por volta das 18h15min para atender inicialmente a uma ocorrência de violência doméstica.
Durante o deslocamento, a situação evoluiu e, ao chegarem ao apartamento indicado, os policiais encontraram Dani já sem vida, sentada no sofá da sala.
Ela apresentava um ferimento compatível com disparo de arma de fogo na região do peito, próximo ao coração.
No mesmo local, Jefferson Mello, de 35 anos, foi localizado no chão, com lesão na região da cabeça e uma arma de fogo ao seu lado.
O autor do crime ainda apresentava sinais vitais e foi socorrido pelo Samu, mas não resistiu e teve o óbito confirmado às 20h05min no Hospital São José.
Comportamentos possessivos
Testemunhas relataram que a vítima e o autor mantiveram um relacionamento por cerca de oito meses, encerrado recentemente devido a comportamentos possessivos por parte do homem.
Pedidos de socorro
Na hora do crime, vizinhos ouviram pedidos de socorro e acionaram a PM.
Um dos relatos confirmou que a porta do apartamento foi arrombada e que havia uma criança no local.
O Conselho Tutelar foi acionado para atender o filho da vítima, de 6 anos, que foi posteriormente entregue ao pai.
A arma de fogo usada na ação foi recolhida e encaminhada à perícia.
