A Polícia Civil informou, em entrevista coletiva à imprensa na tarde deste sábado, que o piloto do balão e o proprietário da empresa responsável pelo voo podem enfrentar consequências legais, incluindo a possibilidade de prisão.
O acidente aéreo, registrado na manhã deste sábado, resultou na morte de oito pessoas. Treze sobreviveram, dentre elas, o piloto.
A investigação determinará se houve crime, sendo as circunstâncias passíveis de serem classificadas como homicídio culposo, caso provada negligência, imprudência ou imperícia, ou mesmo homicídio com dolo eventual, quando não se tem a intenção, mas assume-se o risco do resultado.
O delegado-geral de Polícia Civil, Ulisses Gabriel, ressaltou que, apesar do voo ter autorização da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e o piloto estar com todas as licenças regulares, a apuração dos fatos é essencial.
“A Polícia Civil de Santa Catarina cumprirá a investigação dos fatos e verificará se emergem práticas criminosas e, por consequência, indiciamentos. Estamos apurando os fatos e vamos verificar se há materialidade e autoria da prática de algum crime”, afirmou a autoridade policial.
O piloto e cinco passageiros que estavam na aeronave já foram ouvidos pela polícia.
Além disso, as equipes de investigação estão analisando imagens de diferentes ângulos do acidente e planejam ouvir mais testemunhas que presenciaram a tragédia.
“Também vamos realizar levantamentos com a Polícia Científica sobre as condições do balão remanescente e a viabilidade climática para a realização do voo. Estivemos observando as instabilidades climáticas na região do sul de Santa Catarina e no norte do Rio Grande do Sul”, explicou Gabriel.
Além da Polícia Civil, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) está realizando investigações em conjunto com a Anac para esclarecer as causas do acidente.
