Pastor admite traição, mas nega ter comprado carro para amante com o dízimo: "homem de Deus"

“Eu adulterei, pequei, cometi esse grave erro”, disse o pastor de Joinville após confusão generalizada em igreja.

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30/06/2025 15h53 - Atualizado há 1 dia
4 Min

Um culto da Igreja Imagem e Semelhança, em Joinville, no Norte catarinense, terminou em confusão na noite desse domingo (29) após o pastor Ailton da Silva Novaes tentar se manifestar publicamente sobre acusações de traição. A Polícia Militar foi acionada para conter os ânimos, após dois fiéis confrontarem o pastor durante o culto.

Segundo o próprio líder religioso, a intenção era confessar um adultério cometido contra sua esposa, a pastora Cintia Carla Silva Novaes, com quem é casado há 23 anos. No entanto, o momento foi interrompido e gerou tumulto entre os presentes.

“Eu fui para a igreja conversar com os irmãos, expor e falar sobre o meu pecado. Iria confessar meu pecado diante da igreja. Quando eu comecei a falar, duas pessoas incitadas… acabou acontecendo o caos dentro da igreja, não conseguindo confessar meu pecado”, disse Ailton.

“Eu adulterei, traí minha esposa”, diz pastor Ailton Novaes

O religioso, então, decidiu gravar um vídeo ao lado da esposa e expor o caso publicamente na manhã desta segunda-feira (30). Na gravação, Ailton admitiu o caso extraconjugal. “Eu adulterei, eu traí minha esposa, eu pequei e cometi esse grave erro. Em nome de Jesus, [vim] para pedir perdão aos irmãos”, declarou.

Ailton ainda afirmou que existem “falácias e mentiras” envolvendo seu nome. “Eu sei que alguns irmãos estão bravos, tristes e magoados. Mas eu confesso para os irmãos que não tem mais o que fazer. Eu iria confessar, mas quando comecei a falar, aconteceu isso”, comentou.

Acusações de uso indevido do dízimo são negadas

O pastor negou acusações de ter usado recursos da igreja para comprar bens para a suposta amante. “O carro é meu. Em relação a esse carro, eu tinha outro carro. Vendi esse carro e comprei esse outro a prestação. Alguém está dizendo que usei dízimo da igreja para comprar carro para amante. Não é verdade. Não há provas”, afirmou.

Ele também rebateu suspeitas de envolvimento com lavagem de dinheiro. “Estão usando uma situação que nós passamos há um tempo. Teve uma acusação anônima nos acusando de ter feito lavagem de dinheiro. O Ministério Público entrou e nos investigou. Investigou tudo, todos os documentos. Fomos absolvidos”, explicou.

O pastor reforçou que “o único pecado que cometeu foi o adultério”. “Num primeiro momento, tentei preservar a inidoneidade, a imagem da minha esposa e da minha família. Foi um pecado particular, mas não é crime. Eu ia sair do ministério, da igreja. Ainda estamos cogitando a ideia sobre isso”, destacou.

Ailton também disse que sua trajetória é anterior à atuação em Joinville. “Esse carro foi comprado com muito suor e sacrifício. Foram 26 anos de ministério. Eu não cheguei em Joinville empobrecido, sem nenhum valor. Estou há 15 anos em Joinville. Cheguei com graças. Fui abençoado por empresários do Brasil e até de fora”.

A pastora Cintia, esposa de Ailton, também se pronunciou no vídeo. Disse que soube da traição na semana passada, após receber mensagens em seu celular. “Vocês podem imaginar como estou me sentindo, mas o que eu pude fazer foi orar. Sou casada há 23 anos”.

Esposa do pastor decide perdoá-lo

Ela disse que decidiu perdoar o marido. “Deus ministrava muito no meu coração que eu deveria perdoá-lo, assim como todos vocês, todos nós. Quantas pessoas chegaram e confessaram atrocidades, confiaram a nós. Nunca viramos as costas, não deixamos de ajudar.”

“Eu liberei o perdão. Vocês sabem da minha índole. Eu falei: ‘como marido, como pai, você nos decepcionou profundamente. O senhor está gerando o perdão’”.

Cintia também saiu em defesa da conduta do casal diante da igreja. “Ele sempre deu um exemplo bom dentro da nossa casa e fora. A gente nunca usurpou a igreja, nunca falamos mal de ninguém. A gente sempre defendeu as pessoas".

“Se você que não tem pecado, atire a primeira pedra”

Por fim, ela refletiu sobre o impacto da vida pastoral em sua relação. “Não é fácil estar à frente de uma obra, cuidando de vidas. Muitas vezes a gente acaba se anulando como pessoas. Muitas vezes o Ailton não foi meu marido, foi o apóstolo. Se você que não tem pecado, atire a primeira pedra”.

 


FONTE: Com informações da ND Mais
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