Um novo levantamento da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) apontou que a blefaroplastia se tornou o procedimento estético mais executado mundialmente, superando a lipoaspiração, que agora ocupa a segunda posição, seguida pelo aumento de mamas, correção de cicatrizes e rinoplastia.
Esse relatório integra a Pesquisa Global Anual sobre Procedimentos Estéticos/Cosméticos, considerada uma das mais abrangentes do setor. Ao todo, mais de 2,1 milhões de cirurgias de pálpebras foram realizadas, representando um crescimento de 13,4% em comparação ao ano anterior. Já os procedimentos faciais, de maneira geral, atingiram a marca de 7,4 milhões, com uma alta de 4,3%.
A lipoaspiração, embora tenha sido superada no ranking, continua sendo a cirurgia estética preferida entre as mulheres, à frente da blefaroplastia e da mamoplastia de aumento. No caso dos homens, a blefaroplastia lidera, seguida por cirurgias para ginecomastia e correção de cicatrizes.
Entre os procedimentos faciais, a rinoplastia apresentou uma queda de 10%, totalizando 1 milhão de intervenções, enquanto o enxerto de gordura na face registrou um crescimento expressivo de 19,2%, com 900 mil procedimentos realizados.
Em intervenções não cirúrgicas, o uso da toxina botulínica (botox) foi o mais procurado, com 7,8 milhões de aplicações realizadas por cirurgiões plásticos em todo o mundo. Os preenchimentos com ácido hialurônico vieram em segundo lugar, contabilizando 6,3 milhões, um aumento de 5,2% em relação ao ano anterior.
Além disso, outros procedimentos não invasivos em ascensão incluem a depilação estética, lifting facial não cirúrgico e peelings químicos.
A pesquisa também revelou as faixas etárias com maior incidência de cada tipo de procedimento. Mulheres entre 18 e 34 anos concentram 54% das cirurgias de mama e 60,1% das rinoplastias. As injeções de botox são mais comuns entre aquelas com idades entre 35 e 50 anos, representando 47%. Curiosamente, tanto a lipoaspiração quanto a redução de gordura não cirúrgica mostraram uma distribuição equilibrada entre diferentes faixas etárias.
O presidente do Comitê Global de Pesquisa da ISAPS, cirurgião plástico Amin Kalaaji, destacou a ampliação das questões abordadas na pesquisa de 2024:
“Adicionamos novas perguntas e analisaremos tendências emergentes em estética. Nosso relatório agora inclui dados sobre ‘Mommy Makeover’ e outros procedimentos combinados, revisão de cicatrizes, rejuvenescimento das mãos com enxerto de gordura, remoção de gordura bucal, correção de mamilo invertido, criação de covinhas e outras cirurgias genitais externas.”
O estudo também apontou quais países mais realizam procedimentos estéticos. Os Estados Unidos lideram com 6,1 milhões de intervenções, seguidos pelo Brasil com 3,1 milhões — sendo o país líder em procedimentos cirúrgicos com 2,3 milhões. O Japão completa o pódio na terceira posição.
Quanto ao ambiente de realização das cirurgias, a maioria acontece em hospitais (52,6%), enquanto 29,9% são realizadas em consultórios médicos.
Além disso, o relatório destacou os destinos mais buscados por pacientes estrangeiros para procedimentos estéticos, incluindo Tunísia, Emirados Árabes Unidos, Colômbia e Turquia.
Diante do crescimento global da demanda por procedimentos estéticos, a ISAPS enfatiza a importância da segurança do paciente. O presidente do Comitê de Comunicações da entidade, Naveen Cavale, adverte:
“Embora sejam eletivas, cirurgias estéticas envolvem riscos e possíveis efeitos colaterais. A segurança deve ser prioritária, e recomendamos que os pacientes escolham um cirurgião plástico especializado, certificado e experiente.”