A cidade de Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre, segue abalada com a morte de três pessoas em um crime brutal.
Kauany Martins Kosmalski, de 18 anos, seu filho Miguel, de apenas dois meses, e o amigo Ariel Silva da Rosa, de 16 anos, foram assassinados e tiveram os corpos ocultados às margens do Rio Sinos. Os restos mortais foram encontrados nesta terça-feira (22).
Quem era Kauany
Kauany era moradora de Esteio e, segundo a investigação, mantinha um relacionamento com o principal suspeito — um pai de santo que liderava um terreiro religioso e com quem ela teve o filho Miguel. A relação teria começado quando ela ainda era menor de idade. De acordo com a Polícia Civil, o crime foi motivado por ciúmes e pelo medo do homem de perder influência dentro da comunidade que frequentavam.
Miguel, um bebê de dois meses
Miguel era o filho do casal. Segundo os investigadores, o bebê foi jogado sobre os corpos da mãe e do amigo dela, após o assassinato. Ainda não se sabe se ele estava vivo no momento da desova. O Instituto-Geral de Perícias (IGP) deverá apontar a causa da morte.
Ariel, amigo próximo
Ariel, de 16 anos, era amigo de Kauany e também foi morto. A presença dele no momento do crime ainda é investigada, mas há indícios de que foi morto para evitar que denunciasse o que presenciou. O jovem também teve o corpo enterrado no mesmo local.
O crime
Segundo a Polícia Civil, o pai de santo e a esposa dele, que também confessou participação e chegou a esfaquear Kauany, contaram com a ajuda de dois adolescentes — de 15 e 17 anos — para ocultar os corpos. A denúncia do desaparecimento foi feita por familiares de Kauany ainda na manhã de terça-feira (22).
Confrontado com provas e contradições em seu depoimento, o homem confessou o crime e levou os policiais até o local onde os corpos estavam enterrados sob galhos e madeira.
Prisões e acusações
Os quatro envolvidos foram presos em flagrante. O casal deve responder por feminicídio triplamente qualificado, homicídio qualificado e corrupção de menores.
A delegada responsável pelo caso, Marcela Smolenaars, classificou o crime como um dos mais cruéis já registrados na cidade e ressaltou o uso da confiança da vítima, além do histórico de abuso iniciado quando Kauany ainda era menor de idade.
A comoção em Esteio gerou protestos. Revoltados, moradores incendiaram a residência do casal investigado. O caso segue em investigação.