19/03/2024 às 11h20min - Atualizada em 19/03/2024 às 11h20min

"Ei moça, você não está sozinha": Bares de Criciúma recebem campanha de combate à violência contra mulheres

Estabelecimentos interessados podem entrar em contato com a Procuradoria da Câmara de Vereadores

Foto: Divulgação/Giovane Marcelino

No mês das mulheres, a Procuradoria Especial da Mulher da Câmara de Vereadores de Criciúma apresenta mais uma campanha no combate à violência contra as mulheres. "Ei moça, você não está sozinha" é uma iniciativa que visa colaborar com as mulheres que visitam bares e outros estabelecimentos localizados no município. Nos últimos dias, bares parceiros foram visitados.

A campanha consiste em um cartaz colado no banheiro feminino que apresenta uma série de instruções para que a mulher que identificar qualquer violência possa fazer uma denúncia.

"Conversamos com alguns estabelecimentos de Criciúma que toparam na hora e continuamos em busca, para que as clientes que não se sentirem bem em encontros ou outras situações que possam gerar violência, possam seguir as instruções indicadas", explicou a procuradora da mulher da Câmara de Criciúma, vereadora Giovana Mondardo.

Os dados da violência em Criciúma fornecidos pela Polícia Civil apontam que das 6.046 denúncias de violência doméstica, foram 93,62% denunciadas por mulheres. Somente nos dois primeiros meses de 2024 foram 502 casos. "Os números assustam, por isso é cada vez mais necessário termos políticas públicas a favor de todas nós", disse a vereadora.

Para participar da campanha "Ei moça, você não está sozinha", o estabelecimento interessado pode entrar em contato por meio do telefone (48) 99861-8815, onde serão repassadas todas as informações necessárias.

Luta pela Casa Abrigo

Desde 2017, Criciúma não conta com um espaço para atender as mulheres. Hoje, as vitimas de violência doméstica são abrigadas em um hotel de Criciúma. Uma das lutas do grupo de mulheres que formam a Procuradoria Especial da Mulher é unir forças para essa construção.

"Uma casa especializada é essencial para atender as mulheres e filhos, um espaço amplo para que possam sentir-se protegidas. Seguimos em busca desse instrumento fundamental para esses atendimentos", finalizou Giovana.


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