Nacional: menina de 6 anos vivia trancada desde bebê, não falava e foi resgatada em estado grave

Pais foram presos após denúncia de vizinhos; menina vivia trancada desde os 9 meses e está em acompanhamento médico em um abrigo.

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06/09/2025 17h07 - Atualizado há 1 dia
2 Min

Nacional: menina de 6 anos vivia trancada desde bebê, não falava e foi resgatada em estado grave
Quarto aonde a menina vivia / Reprodução

Uma criança de seis anos foi resgatada de cárcere privado no Jardim Santa Esmeralda, em Sorocaba (SP). Segundo a Polícia Civil, ela não sabia falar e nunca teve acesso ao mundo exterior. Desde os nove meses de idade, a menina convivia apenas com os pais, que a mantinham em um quarto fechado.

Como aconteceu

O resgate ocorreu na última sexta-feira (29/8), após uma denúncia anônima ao Conselho Tutelar. Quando foi encontrada, a criança dividia com os pais um colchão no chão de um quarto pintado de branco. A polícia apurou que ela jamais saía de casa e não tinha contato com familiares.

De acordo com a delegada Renata Zanin, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), os pais passaram a impedir o contato da filha com os demais parentes quando ela ainda tinha nove meses, logo após um tratamento de saúde.

Estado de saúde da menina

A criança foi levada ao Centro Hospitalar de Sorocaba, onde recebeu diagnóstico de desnutrição grave, infecção de urina e infecção no sangue. Ela segue em acompanhamento médico, com idas diárias ao hospital para receber soro, e atualmente está acolhida em um abrigo.

Prisão dos pais

Na última quinta-feira (4/9), os pais foram presos e tiveram os celulares apreendidos. Eles responderão por sequestro e cárcere privado. A mãe também era controlada pelo marido: vizinhos denunciaram que ele havia raspado sua cabeça e a obrigava a usar roupas masculinas.

Denúncia partiu de vizinhos

Os vizinhos relataram ouvir os gritos da menina quando a mãe saía para vender pães feitos pelo marido, mas disseram que nunca viram a criança fora do imóvel. Foi essa denúncia que levou o Conselho Tutelar a acionar a polícia.

Apesar das evidências, a mãe nega sofrer violência e insiste que a situação era “normal”.


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