A vida do Cabo Jeferson Luiz Esmeraldino, de 37 anos, é marcada por uma notável história de resiliência e fé. Quase cinco anos após ser gravemente ferido em um assalto ao Banco do Brasil em Criciúma, em dezembro de 2020, ele e sua família enfrentam desafios diários, mas também celebram pequenas conquistas.
Durante o ataque, Jeferson foi atingido por um tiro de fuzil, resultando em danos significativos ao abdômen, pulmões e rins, além da remoção de 25% do estômago. Após 63 dias internado, sendo 33 na UTI e 30 na enfermaria, uma parada cardiorrespiratória deixou sequelas físicas e neurológicas, afetando sua fala e mobilidade.
Apesar das dificuldades, sua mãe, Sandra Aparecida, de 59 anos, relata que Jeferson ainda consegue ter interações sutis, como piscar os olhos em resposta a perguntas. "Acredito que essa fatalidade tem um propósito. Para mim, ele é um soldado de Jesus", afirma Sandra, transmitindo uma mensagem de esperança.
Para garantir os cuidados adequados a Jeferson, a Polícia Militar de Santa Catarina disponibiliza uma equipe de home care, que inclui uma técnica de enfermagem e uma assistente. O estado também cobre os custos de transporte para atendimentos de emergência e tratamentos essenciais.
No entanto, a rotina de Jeferson é instável. De acordo com a mãe, ele vive "no limite", enfrentando quedas bruscas de saturação, tremores e febres recorrentes. O militar lida ainda com infecções pulmonares frequentes e uma grave disfagia, que dificulta a deglutição e requer o uso de uma sonda de alimentação.
Apesar de todos os obstáculos, Sandra celebra cada progresso do filho, por menor que seja. Após dois anos de batalhas, o fechamento da traqueia de Jeferson e a recuperação de alguns movimentos nas pernas são momentos de felicidade. "Eu pedi a Deus que quisesse meu filho de volta e Ele me ouviu. Sou eternamente grata a Deus por ser duas vezes mãe dele", destaca Sandra, que superou a depressão e encontrou força para se dedicar integralmente a Jeferson.