Alerta em SC: Estado se prepara para enfrentar risco de bebidas adulteradas com metanol e garante antídoto em hospitais

Reunião envolveu Procon-SC, Polícia Civil, Imetro-SC e Secretaria da Saúde nesta quinta-feira

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03/10/2025 11h09 - Atualizado há 2 horas
4 Min

Alerta em SC: Estado se prepara para enfrentar risco de bebidas adulteradas com metanol e garante antídoto em
Foto: Divulgação/Vigilância Sanitária de São Paulo

O Governo do Estado já mobilizou a rede assistencial e de vigilância para detecção precoce, manejo imediato e notificação obrigatória de casos suspeitos ou confirmados de intoxicação por metanol.

Mesmo sem Santa Catarina ter registrados casos ou suspeitas, a partir de uma determinação do governador Jorginho Mello, a Secretaria de Estado da Saúde reforçou protocolos de atendimento e disponibiliza o antídoto necessário para tratar o quadro.

Nas últimas semanas, o estado de São Paulo registrou casos de intoxicação por metanol associados ao consumo social de destilados adulterados, configurando um Evento de Saúde Pública (ESP).

“Não temos casos em Santa Catarina. De qualquer forma, já determinei o aumento na fiscalização e o antídoto disponível na nossa rede de imediato. Nós estamos fazendo contato com toda a rede de saúde para saberem do encaminhamento correto em caso de alguém intoxicado. Estamos com Saúde a postos, Procon atuando e Forças de Segurança, que podem investigar qualquer indício. Esperamos não precisar.”, destacou o governador Jorginho Mello, que se reuniu com Procon-SC, Polícia Civil, Imetro-SC e Secretaria da Saúde na última quinta-feira, 2, para tratar do reforço na atuação preventiva.

A Secretaria da Saúde reforça que o atendimento rápido é essencial para tratar a intoxicação.

O protocolo reforçado prevê que, em casos de atendimentos com suspeita de intoxicação por metanol, o serviço de saúde deverá entrar em contato com o CIATox-SC por meio dos telefones: 0800 643 5252 (24h) e (48) 3721 9173. O objetivo é garantir o manejo adequado ao paciente.

Ao identificar um caso suspeito, é importante também guardar a embalagem da bebida, registrar o local de aquisição e identificar possíveis outras pessoas que possam ter consumido o produto que tem a suspeita de ter sido adulterado.

Essas informações serão essenciais para identificar em que ponto da cadeia de produção pode ter ocorrido o crime de adulteração da bebida.

Fique atento aos sinais de alerta e procure assistência médica, em especial se estiver com visão turva:

  • Iniciais (até 6h): cefaléia, tontura, sonolência, náuseas, vômitos, dor abdominal, alterações visuais (visão turva, escotomas, fotofobia), quadro de “embriaguez atípica”.
  • Latência (12–24h): acidose metabólica progressiva; sintomas neurológicos e visuais podem se intensificar; coingestão de etanol pode retardar a evolução.
  • Graves: convulsões, coma, cegueira irreversível, acidose refratária, choque, insuficiência renal, pancreatite, arritmias e falência multissistêmica.

“Por determinação do governador Jorginho Mello organizamos toda a rede de saúde com orientações e definição de manejo clínico. Enviamos uma nota técnica aos municípios com todos os detalhes e se houver alguma suspeita de intoxicação estamos preparados para atender a nossa população, inclusive com agilidade na realização de exames e com antídoto disponível”, destaca o Secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi.

Há três anos o estado de Santa Catarina não registra nenhum óbito por ingestão de metanol.

O último óbito por este tipo de intoxicação em Santa Catarina aconteceu em 2022 e não teve relação com o problema identificado em São Paulo.

O óbito naquele ano foi causado pela ingestão de combustível.

Procon estadual orienta municípios

“Santa Catarina está preparada para enfrentar a crise do metanol nas bebidas! Todo caso suspeito será investigado”, disse a delegada Michele Alves, diretora do Procon/SC.

A Diretoria de Relações e Defesa do Consumidor realizou, nesta quinta-feira, 2, uma reunião com os Procons municipais de Santa Catarina para formalizar um Procedimento Operacional Padrão (POP) no combate a bebidas falsificadas.

Com isso, o PROCON/SC busca padronizar a fiscalização de bares, supermercados e distribuidores de bebidas para evitar casos semelhantes no Estado.

“Todas as pessoas que comercializam produtos (alcoólicos) terão que comprovar a origem lícita. Estamos convidando os setores de entretenimento, distribuidores e associações de supermercados para facilitar o acesso às notas de origem, a redobrar a atenção na aquisição desses produtos e para evitar a compra de produtos suspeitos”, explica Michele.


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