27/03/2024 às 10h59min - Atualizada em 27/03/2024 às 10h59min

20 anos do Catarina: Furacão pode voltar a assombrar SC? Especialista responde

Há exatamente 20 anos, os moradores de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul foram vítimas do furacão Catarina; saiba se há chances do fenômeno acontecer novamente

Foto: Arquivo

O dia 27 de março de 2004 é um capítulo sombrio entalhado na memória dos catarinenses. Há 20 anos, o Estado foi vítima do “Furacão Catarina”. 

Foi a primeira vez que essa força titânica — uma verdadeira visita indesejada, foi registrada no Atlântico Sul, deixando cerca de 11 mortos e diversas famílias desalojadas.

O fenômeno aconteceu nas regiões do Sul de Santa Catarina e do Litoral Norte do Rio Grande do Sul. O Furacão Catarina, nascido das entranhas tumultuosas do Atlântico Sul, deixou rastros de desespero e devastação.

Foram cerca de 14 municípios que decretaram Estado de Calamidade Pública e sete de Emergência. Além disso, foram cerca de 33.165 mil pessoas desabrigadas e 78 pessoas feridas.

Ainda conforme dados da Defesa Civil, os prejuízos econômicos foram superiores a R$ 850 milhões. Dez pescadores e um motorista — que teve o veículo atingido pela queda de uma árvore — morreram durante o fenômeno meteorológico.

O diretor da Defesa Civil da época, Márcio Luiz Alves, relembra que Santa Catarina não estava preparada para tais eventos naquele momento. No entanto, evitando algo ainda pior, o Governo do Estado possuía órgãos estruturados que permitiram a tomada de decisões.

“Tínhamos que ter a segurança de evitar que o pânico se instalasse entre os catarinenses e as providências foram tomadas no momento oportuno”, relembra Alves.

O Furacão Catarina pode voltar para assombrar Santa Catarina?

O meteorologista Piter Scheuer explica que o fenômeno pode voltar a acontecer. No entanto, as possibilidades são baixíssimas.

Conforme o especialista, para que o fenômeno se repita, diversos fatores atmosféricos precisaram se alinhar. Desde um ciclone subtropical até a formação de uma tempestade tropical e, finalmente, um furacão.

“Esse é um evento extremamente raro, ocorrendo apenas a cada duas ou três décadas, ou até mais”, conta.

Segundo afirmado por Scheuer, compreender e prever tais fenômenos é um desafio, a única forma de saber se vai acontecer é acompanhando as atualizações meteorológicas.

Tufão, furacão e ciclone: especialista explica a diferença entre os fenômenos

Piter Scheuer afirma que “furacões, ciclones tropicais e tufões, são todos os mesmos fenômenos”.

Ele explica que todos são um sistema rotativo organizado por nuvens de tempestades que se originam em determinados oceanos, e, para ser determinado como um dos três, é necessário que a velocidade de ventos atinja, ao menos, 120 km/h.

Mas e por que a diferença na nomenclatura?

Segundo o especialista, os cientistas batizam os fenômenos dependendo da região onde eles ocorrem.

Se um fenômeno do tipo se manifesta no norte do Oceano Atlântico e nordeste do Pacífico, o nome utilizado é “furacão”, ou hurricane em inglês, devido ao Deus caribenho do mal, chamado Hurrican.

Por outro lado, se a tempestade ocorre no noroeste do Oceano Pacífico, o nome empregado é “tufão”. Quanto ao ciclone, compreende uma tempestade tropical que ganha forma no Pacífico Sul e Oceano Índico.

Ciclone extratropical e Ciclone tropical

Vale ressaltar que os ciclones extratropicais, que não são novidade para os catarinenses, são causados por uma frente fria e frente quente. Eles são mais comuns porque variações de temperatura ocorrem constantemente na atmosfera.

Estação dos furacões

Nos Estados Unidos é comum ouvir em determinadas estações que estão passando pela “temporada de furacões”, que acontece de 1º de junho a 30 de novembro na região. Já as temporadas de tufão e ciclone seguem padrões diferentes.

No nordeste do Pacífico, a temporada oficial vai de 15 de maio a 30 de novembro. No noroeste do Pacífico, os tufões são mais comuns do final de junho a dezembro. E no norte do Oceano Índico vê ciclones de abril a dezembro.

As tempestades mais fortes, equivalente à categoria 5 na escala Saffir-Simpson, sofreram ventos que ultrapassam os 250 km/h. Em comparação, o Hinnamor, atual tufão no leste do Japão, tem ventos estimados de 257 km/h, pelo Centro de Previsão Conjunto de Tufões.







Fonte: ND+


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