Um peixe da espécie tainha, servido no Restaurante Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, viralizou na web após ser comparado a um dinossauro por um estudante, em tom de brincadeira, por causa das escamas bem destacadas.
Segundo especialistas ouvidos pelo g1, não há qualquer tipo de problema com o peixe servido dessa forma.
"Hoje teve dinossauro no RU", diz a publicação, vista por mais de 1,6 milhão de pessoas no X até a tarde de quarta-feira (26). A UFSC confirmou que o peixe foi servido no restaurante na terça-feira (25).
Segundo o pescador Laurentino Neves, subsecretário da Pesca, Maricultura e Agricultura de Florianópolis, a tainha fica com esse aspecto quando não é escamada antes de ser assada ou frita. "Na medida que vai queimando, a escama vai se soltando", comenta.
"Depois que o peixe estiver assado, pode virar ao contrário, tirar com garfo ou faca, que a escama sai. Eu já fiz esse prato também, e fica bem bacana", afirma.
Embora as escamas não sejam comestíveis, Neves afirma que deixá-las durante o cozimento pode ser positivo em alguns casos.
"Normalmente, quando se assa um peixe com escama, não precisa virá-lo, porque a própria escama, com o calor, cozinha a carne. Então, por isso que se assa com escama, dá uma certa cozinhada na carne, sem precisar estar virando o peixe de um lado para o outro".
Conforme a professora Ana Paula Gines Geraldo, do Departamento de Nutrição da UFSC, a preparação com escamas também pode deixar o peixe mais suculento, menos seco.
"Só tem que tomar cuidado para a escama não queimar enquanto está assando. Então, pode deixar o peixe mais saboroso, não tem problema nenhum. Só é preciso ter esse cuidado de retirar a pele e as escamas na hora de comer", explica.
Em nota, a UFSC informou que "os alimentos e mantimentos utilizados no RU são recebidos já beneficiados, a exemplo de peixes e folhagens. Os fornecedores são notificados quando se verifica algo fora do padrão".
Com informações do g1