Foto: Isabelle Arend A fumaça das queimadas, oriunda das regiões centrais do Brasil, continuam afetando a qualidade do ar catarinense. Ao longo desta semana, um calor intenso e uma umidade baixa do ar devem favorecer a permanência da fumaça em todo o estado.
“Clima de Saara” em SC
Segundo a previsão do tempo da Defesa Civil, ao longo desta semana, os ventos trazem ar quente da região central do Brasil até Santa Catarina, resultando em uma forte onda de calor que trará clima seco.
Durante as tardes, as máximas devem ficar acima dos 30 graus na maior parte do estado, podendo chegar a quase 40 graus no Grande Oeste e no Litoral Sul, além de uma umidade do ar com níveis abaixo de 30% em boa parte do estado, com o Oeste registrando valores abaixo de 20%.
Frente fria deverá afastar a fumaça das queimadas
Segundo a Epagri/Ciram, o “clima desértico” favorece o transporte de fumaça das queimadas em direção ao estado. Ainda, a presença de uma massa de ar quente e seco é um agravante para a maior concentração desta fumaça na atmosfera.
De acordo com as previsões do órgão, somente na próxima sexta-feira (13), com a passagem de uma nova frente fria, deverá ocorrer a chegada de chuvas mais intensas junto a uma mudança no padrão dos ventos, o que irá afastar as fumaças do ar catarinense.
Cuidados com a saúde
A camada de fumaça das queimadas que pairou sobre Santa Catarina trouxe um céu em tons laranja que encantou algumas pessoas.
No entanto, a Epagri/Ciram alerta que a fumaça afeta perigosamente a qualidade do ar. Ela pode causar desde um desconforto, como ardência nos olhos e garganta seca, como agravar problemas respiratórios, principalmente em pessoas vulneráveis a esta condição.
O Ministério da Saúde recomenda que, para reduzir a exposição às partículas da fumaça das queimadas, as seguintes ações devem ser tomadas:
Aumentar a ingestão de água e líquidos para manter as membranas respiratórias úmidas e protegidas;
Permanecer em ambientes fechados, preferencialmente bem vedados e com conforto térmico adequado. Quando possível, buscar ambientes com ar condicionado e filtros de ar para reduzir a exposição;
Manter portas e janelas fechadas durante os horários de maior concentração de poluentes no ar, para minimizar a penetração da poluição externa.
Evitar atividades físicas ao ar livre durante o período de permanência da fumaça no ar;
Não consumir alimentos, bebidas ou medicamentos que tenham sido expostos a detritos de queima ou cinzas;
Utilizar, preferencialmente, máscaras do tipo N95, PFF2 ou P100, que podem reduzir a inalação de partículas se usadas corretamente por pessoas que precisem sair de casa. No entanto, a recomendação prioritária é permanecer em locais fechados e protegidos da fumaça.
Com informações de ND+
