Há exatos cinco anos, Santa Catarina parava. Isso porque, como um dos primeiros estados a aderir o chamado lockdown devido à covid-19, o então governador, Carlos Moisés, decretava situação de emergência por causa da pandemia.
A medida foi anunciada no dia anterior, 17, com vigência para o dia seguinte, logo após a confirmação de casos de transmissão comunitária da doença, exatamente no Sul do estado, em Braço do Norte.
Proibições
Foram proibidos, por 30 dias, a realização de eventos no estado, bem como pararam os serviços de transporte coletivo municipal, intermunicipal e interestadual.
Foram determinados, ainda, o fechamento de atividades não essenciais, como academias e comércio em geral, eventos e reuniões, públicos e privados, de qualquer natureza, como excursões, cursos, missas e cultos religiosos, e proibida a entrada de novos hóspedes no setor hoteleiro pelo mesmo prazo.
Os serviços considerados essenciais, como os funerários, de saúde, farmácias, mercados e supermercados, postos de combustíveis e distribuição de gás e água, foram mantidos.
Foram mantidos em funcionamento presencial em SC apenas os serviços públicos essenciais no âmbito municipal, estadual e federal. Todos os demais foram exercidos por meio digital ou remoto.
Casos e mortes
À época, 220 casos suspeitos eram monitorados no estado.
Desde a pandemia até então, 23.213 pessoas morreram devido à doença em SC, destas, 751 em Criciúma, sendo mais de dois milhões de casos confirmados em todo o estado.
Vacinação
No dia 17 de janeiro de 2021, a primeira vacina contra a covid-19 foi aplicada no país. E a escolhida para receber a dose foi a enfermeira Mônica Calazans, que, desde o começo da pandemia, trabalhava na linha de frente, no Instituto Emílio Ribas, em São Paulo.
Além da AstraZeneca e da CoronaVac, a Anvisa autorizou o uso de outras duas vacinas no Brasil: a Janssen e a Pfizer.
Em Criciúma, a vacinação começava no dia 19. Aos 61 anos, a agente comunitária de saúde, Adelaide Santiago, foi a primeira a receber a dose na cidade. “Uma sensação de alívio em um momento de tanto medo”, descreveu.
Fim da emergência
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em 5 de maio de 2023, em Genebra, na Suíça, o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) referente à covid-19.
O fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional não significa que a covid-19 tenha deixado de ser uma ameaça à saúde.
A propagação mundial da doença continua caracterizada como uma pandemia.