Dor e comoção marcaram a despedida da jovem Thamily Venâncio Ereno, de 23 anos. A despedida ocorreu na manhã desta segunda-feira, em Lauro Müller.
Thamily foi baleada na cabeça na última sexta-feira (21) durante uma ação policial, no bairro São Sebastião, em Criciúma.
Ela estava em um carro de aplicativo quando foi atingida.
Segundo a Polícia Civil, o alvo da operação era o companheiro dela, que estava com mandado de prisão por tráfico de drogas e organização criminosa.
Tanto ele, quanto o motorista (confira o que disse a defesa abaixo), foram presos no local.
O caso segue sob investigação e será encaminhado à Corregedoria da Polícia Civil.
Relembre a nota da Polícia Civil:
“Informamos que policiais civis da DIC/DECOD realizaram cumprimento de mandado de prisão de um indivíduo de 20 anos, envolvido com os crimes de tráfico de drogas e organização criminosa.
No momento da abordagem o foragido se encontrava em um Uber acompanhado da companheira de 23 anos de idade. O motorista do Uber não obedeceu a ordem de parada dos policiais civis e acelerou de marcha ré em direção aos policiais civis que realizavam a abordagem por trás, colocando em risco suas integridade físicas, obrigando-os a realização de um disparos que visava ceifar a injusta agressão, acabando por ser atingida na cabeça a companheira do foragido que estava sentada no banco de trás do veículo.
Foram prestados os primeiros socorros à ferida, que se encontra internada em estado grave no Hospital São José.
Contra o motorista do Uber, de 42 anos, foi lavrado auto de prisão pelos crimes de tentativa de homicídio e desobediência, sendo ele encaminhado ao presídio.
Foi realizada perícia no local dos fatos e no veículo utilizado pelo conduzido, sendo que ao final a Corregedoria da Polícia Civil será informada do resultado da investigação”.
A defesa do motorista também emitiu nota.
Confira:
Delegados rebatem
O motorista do Uber teve a prisão em flagrante por homicídio tentado e desobediência homologada e a prisão preventiva decretada.
Segundo o delegado regional, André Milanese, ele respondia em um outro processo pelo crime de lesão corporal e dano, pois “também teria jogado um carro que ele dirigia em cima de outra pessoa, de forma proposital”.
“Com relação a nota da defesa do motorista do Uber, a tal "testemunha” que teve o celular apreendido foi um suposto "repórter" de um site que chegou no local bem depois, quando inclusive a ambulância já tinha levado a mulher baleada”, rebateu a autoridade policial.
Também em nota, o delegado-geral, Ulisses Gabriel, alegou que o resultado não foi em nenhum momento desejado, e que a grande responsabilidade pelo caso foi do condutor do veículo e de quem misturou a jovem com o mundo do crime.
“Somos duros na opuração de condutas de policiais, levando vários a perder os cargos, mas no caso em exame, pelas provas, a situação é clara”.