A forte tempestade que atingiu Porto Alegre e diversas cidades do Rio Grande do Sul na tarde de segunda-feira (31) deixou um rastro de destruição, com alagamentos, destelhamentos e queda de árvores.
De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), o volume de chuva registrado na capital em seis horas foi de 59,6 mm, o que equivale a cerca de 26% da média histórica de março (229 mm).
Além disso, os ventos atingiram 111 km/h, conforme a Rede de Meteorologia do Comando da Aeronáutica (Redemet), e 79,6 km/h no bairro Jardim Botânico, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
A quantidade de chuva que caiu sobre a cidade provocou alagamentos em várias ruas. A água invadiu vias e causou dificuldades no tráfego.
Em coletiva na tarde de segunda-feira, o prefeito Sebastião Melo classificou o temporal como uma "bomba d'água".
"Isso causa transtorno de várias coisas que acontecem na cidade", disse. "Foi a bomba d 'água casada com a ventania, que é o casamento do calor com o frio, que dá isso. Então, você não tem como controlar a natureza, você pode prever uma série de coisas e nós previmos e estamos agindo", afirmou.
Os ventos e a chuva causaram interrupção no fornecimento de energia elétrica para milhares de consumidores. Até as 22h40, cerca de 202 mil clientes da CEEE Equatorial estavam sem luz. Já a RGE ainda contabilizava 53 mil consumidores afetados até as 23h.
Na Capital, serviços de saúde também sofreram impactos. A emergência do Hospital São Lucas da PUCRS teve a operação prejudicada, com pacientes sendo realocados. Unidades de saúde da cidade também registraram intercorrências, como danos em telhados, alagamentos e falta de energia.
Outras cidades afetadas
Além de Porto Alegre, outros municípios relataram danos à Defesa Civil estadual.
Em Eldorado do Sul, cerca de 450 casas e 15 escolas municipais foram atingidas, levando ao cancelamento das aulas nesta terça-feira (1º).
Minas do Leão teve destelhamentos e quedas de árvores e postes, com duas pessoas feridas.
Triunfo registrou danos no telhado de um asilo, enquanto Butiá, Cachoeirinha e Nova Santa Rita tiveram residências destelhadas e quedas de árvores.
O governador Eduardo Leite afirmou que acompanha a situação desde o início do temporal e destacou forças de segurança para reforçar o trabalho em Porto Alegre.
"Nossa prioridade é garantir a segurança da população e a rápida resposta às demandas mais urgentes", declarou.
Equipes da Defesa Civil estadual, Brigada Militar, Corpo de Bombeiros e Polícia Civil atuam para desobstruir vias, prestar assistência à população e minimizar os impactos do temporal.
A expectativa é de que as ações emergenciais permitam que a capital retome a normalidade nas primeiras horas desta terça-feira.
Caminhão tomba com força do vento
Um caminhão tombou com a força do vento durante o temporal.
O caso aconteceu na chamada nova ponte do Guaíba, que liga a Capital do RS à Região Metropolitana.
A informação foi confirmada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), que informou que o homem teve ferimentos leves.
Tromba d'água
Sobre o Guaíba, uma tromba d'água chamou atenção de moradores do município na Região Metropolitana, formando uma coluna de ar que se estendeu da superfície da água até as nuvens.
As informações são do g1.
E por aqui?
A partir da tarde desta terça-feira retorna a condição para chuva e temporais isolados em SC, que começam novamente pelas áreas de divisa com o RS e se estendem para as demais regiões, ainda por influência da frente fria, que se afasta para o mar.
Associado aos temporais ocorrem chuva pontualmente intensa, raios, rajadas de vento e eventual queda de granizo, principalmente no Sul catarinense, onde o risco é moderado para ocorrências associadas à alagamentos, enxurradas pontuais, danos na rede elétrica, destelhamentos e queda de galhos e árvores.
A Defesa Civil recomenda: