A influenciadora e empresária Virgínia Fonseca esteve em Brasília nesta terça-feira, dia 13, para prestar depoimento à CPI das Bets, no Senado Federal. A comissão investiga possíveis irregularidades na atuação de casas de apostas online e no envolvimento de celebridades na promoção dessas plataformas. Com mais de 53 milhões de seguidores, Virgínia é uma das principais figuras do marketing digital no Brasil.
A convocação da influenciadora ocorreu após a divulgação de informações de que ela teria recebido um contrato milionário da plataforma Esportes da Sorte. Segundo apuração da revista Piauí, o contrato previa um pagamento adiantado de R$ 50 milhões, além de uma suposta comissão de 30% sobre as perdas dos jogadores que acessassem o site através de links ou códigos divulgados por ela.
No depoimento, Virgínia negou qualquer recebimento baseado em desempenho ou perdas de usuários. "Meu contrato era de valor fixo e todos os valores foram devidamente declarados à Receita Federal", afirmou. Ela ainda declarou que sempre alertou seu público sobre os riscos relacionados às apostas online.
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, concedeu a Virgínia o direito de permanecer em silêncio para evitar autoincriminação, mas a influenciadora optou por responder aos questionamentos da CPI.
A Comissão Parlamentar de Inquérito segue apurando a estratégia de marketing das casas de apostas, especialmente o uso de influenciadores para atrair novos jogadores, muitos deles jovens. O presidente da CPI, senador Jorge Kajuru (PSB-GO), reforçou que o objetivo da investigação não é criminalizar influenciadores, mas entender a extensão do problema e buscar formas de proteger o público brasileiro.
A expectativa é de que novos depoimentos de influenciadores e representantes de casas de apostas ocorram nas próximas semanas.
