Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) revelou detalhes sobre a morte de Amanda Fernandes Carvalho, que foi assassinada pelo marido, o sargento da Polícia Militar Samir do Nascimento Rodrigues de Carvalho. Amanda sofreu 51 facadas e três tiros dentro de uma clínica médica em Santos, localizada no litoral de São Paulo. O crime ocorreu no dia 7 de maio, e a mulher não sobreviveu aos ferimentos, enquanto Samir foi preso após o ataque.
O crime aconteceu na Avenida Pinheiro Machado, no bairro Marapé, onde o sargento atirou em Amanda e na filha do casal, de apenas 10 anos. A criança foi socorrida e passou seis dias internada antes de receber alta. O laudo necroscópico mostra que a maioria das facadas atingiu o lado direito do corpo de Amanda, com ferimentos que vão da coxa até a face. Os tiros, segundo o documento, foram disparados à distância.
O médico legista que analisou o caso declarou que a causa da morte foi "morte violenta, decorrente de anemia aguda por hemorragia interna traumática em consequência dos ferimentos" causados pelos disparos e facadas.
Após a prisão, Samir passou a ter status de "agregado militar", o que o coloca como inativo temporariamente, sem direito ao salário e sem contabilização de tempo de serviço. Atualmente, ele está detido no Presídio da Polícia Militar Romão Gomes, na capital paulista, mas deve ser transferido para Santos nesta semana para participar da reconstituição do crime, conforme declarações da delegada Débora Lázaro, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) confirmou que um inquérito policial foi instaurado pela DDM em Santos. O boletim destacou que Samir foi detido em flagrante e, posteriormente, a prisão foi convertida em preventiva pela Justiça, enquanto as investigações seguem para esclarecer todos os fatos relacionados ao caso.
O sargento da PM Samir Carvalho foi preso em flagrante após o homicídio de sua esposa Amanda na clínica médica. Sua filha também se feriu ao tentar proteger a mãe no momento do ataque. Em depoimento, o médico responsável pela clínica revelou que Amanda procurou ajuda, afirmando que sua vida estava em risco devido a ameaças do marido, que é policial e estava armado.
O médico, ao perceber a situação de emergência, trancou o consultório e pediu que Amanda acionasse a polícia. Ela mencionou que uma amiga já tinha feito isso. Momentos depois, o médico escutou uma série de tiros e viu a situação se desenrolar de forma dramática.
Testemunhas relataram que a filha do casal tentou salvar Amanda se jogando na frente dela enquanto os disparos eram efetuados. O médico se escondeu sob a mesa e, ao se levantar, encontrou Amanda caída com uma faca cravada em seu pescoço. Ele confirmou que nunca havia visto as vítimas antes e não conseguiu identificar o agressor imediatamente.
A SSP-SP também anunciou a abertura de um Inquérito Policial Militar para investigar a conduta dos policiais que atenderam a ocorrência. A investigação está em andamento, e a SSP-SP afirmou que uma comunicação anterior indicou que os policiais encontraram Amanda já sem vida e a filha parcialmente ferida ao chegarem à clínica.
A defesa de Samir, representada pelo advogado Paulo de Jesus, informou que a prisão do sargento foi convertida em preventiva durante a audiência de custódia e declarou que se manifestará apenas após a conclusão das investigações.