“Não teve chance de defesa”: Homem é morto no Arroio do Silva por se envolver com ex-mulher de traficante

Advogada teria revelado o endereço da vítima.

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21/05/2025 15h58 - Atualizado há 2 meses
3 Min

A Polícia Civil concluiu uma investigação que esclarece os detalhes de uma execução ocorrida no dia 27 de novembro de 2023, no município de Balneário Arroio do Silva. A vítima, Dagno Pablo de Oliveira Vebber, de 26 anos, foi encontrado morto dentro do próprio quarto, com 19 perfurações causadas por disparos de arma de fogo.

De acordo com informações repassadas pela Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Araranguá, a casa onde o jovem morava foi invadida por um grupo armado. Eles teriam arrombado a porta e atirado várias vezes contra Dagno, que não teve qualquer chance de defesa.

Relacionamento teria motivado o crime

O que motivou o crime, segundo a investigação, foi um relacionamento amoroso. Dagno, que era natural do Rio Grande do Sul, decidiu se mudar para Santa Catarina após começar a receber ameaças. O motivo seria o fato de ele ter se relacionado com a ex-companheira de um homem que está atualmente preso no sistema penitenciário do Rio Grande do Sul — e que, conforme apurado, seria o mandante da execução.

Sete pessoas indiciadas

A Polícia Civil identificou que, além do mandante, participaram diretamente do crime três executores e outras três mulheres. Elas teriam atuado na fase de levantamento de informações, monitoramento da vítima e também no transporte dos autores até o local onde Dagno foi morto.

A Justiça autorizou a prisão preventiva de seis dos sete envolvidos após parecer favorável do Ministério Público. Durante uma operação realizada na terça-feira (20) e quarta-feira (21), três suspeitos foram capturados na cidade de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. Outros três seguem foragidos.

Advogada também foi indiciada

As investigações também apontaram a participação de uma advogada, que repassou informações consideradas sigilosas. De acordo com a Polícia Civil, ela foi indiciada com base no artigo 153, §1º-A, do Código Penal Brasileiro, que trata da divulgação indevida de dados protegidos, sejam eles constantes ou não em sistemas da Administração Pública.

A apuração indica que ela teria fornecido ao grupo dados restritos do sistema judiciário gaúcho. Essas informações teriam sido fundamentais para que os criminosos localizassem e executassem Dagno. No entanto, segundo a Polícia Civil, não há elementos suficientes para afirmar que a advogada sabia que os dados seriam utilizados para um homicídio.

Desdobramentos

As buscas pelos três foragidos continuam, enquanto os presos deverão responder pelos crimes de homicídio qualificado e associação criminosa, além de outros delitos apurados durante o inquérito.


FONTE: Com informações do Jornal Razão
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