Alerta: Hospitais de Criciúma atingem 100% de ocupação e alta demanda impulsiona proposta de novo hospital público

Cenário atual é reflexo direto do aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave

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29/05/2025 07h51 - Atualizado há 3 meses
3 Min

Alerta: Hospitais de Criciúma atingem 100% de ocupação e alta demanda impulsiona proposta de novo hospital
Imagem Meramente Ilustrativa/Arquivo

A superlotação dos hospitais de Criciúma reacendeu um debate antigo, mas cada vez mais urgente: a necessidade da construção de um novo hospital público na cidade.

O tema foi levantado pelo vereador Luiz Carlos Custódio Fontana (PL) após a região Sul atingir, na última semana, 100% de ocupação dos leitos hospitalares destinados a adultos e crianças.

Segundo o parlamentar, o cenário atual é reflexo direto do aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), impulsionado pela queda nas temperaturas e pela baixa adesão da população à campanha de vacinação contra a gripe.

O Hospital São José e o Hospital Materno-Infantil Santa Catarina (HMISC), que concentram a maior parte da demanda regional, operam no limite.

“Criciúma e toda a região Sul precisam de mais um hospital público. Atualmente, contamos com o Hospital São José para atender os adultos e com o Hospital Materno-Infantil Santa Catarina para as crianças. No entanto, essa estrutura já não é suficiente para dar conta de toda a demanda. A falta de leitos e atendimentos não acontece apenas nos meses de inverno, é uma realidade que enfrentamos durante todo o ano. O São José, por exemplo, não atende apenas Criciúma, mas pacientes de toda a região, e isso tem dificultado o acesso ao atendimento justamente por não haver vagas disponíveis”, afirmou Fontana.

O vereador relatou que, diante da superlotação, pacientes que procuram o Hospital São José muitas vezes são transferidos para unidades em outros municípios, como Morro da Fumaça, Siderópolis e Içara.

“A população enfrenta muitas dificuldades nessa situação. Quando o paciente precisa ser internado em outro município, a família acaba tendo que se deslocar, o que gera custos, desconforto e impacto emocional. O Hospital São José é a unidade com maior estrutura e recursos, por isso a maioria das pessoas prefere ser atendida ali. No entanto, essa não é uma possibilidade para todos, justamente pela falta de vagas”, lamentou.

Fontana também expressou preocupação com o cenário que se desenha com a intensificação do frio.

“Neste momento, temos 38 pessoas no pronto-socorro do São José e a UTI está 100% lotada. Isso é preocupante. Se o frio piorar ou surgir outro surto de infecção, respiratória ou não, o sistema pode colapsar. Precisamos estar preparados".

Entre as propostas apresentadas pelo vereador está a criação de um hospital escola na Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), que já conta com estrutura universitária voltada à área da saúde.

Outra possibilidade apontada por Fontana é a construção de um novo hospital em outro ponto da cidade, ou ainda a ampliação de parcerias com hospitais privados.

No entanto, ele pondera que a sobrecarga também atinge essas unidades.

“Temos que discutir seriamente a criação de um novo hospital público em Criciúma. Precisamos oferecer mais opções à população. Esse debate precisa ganhar força, sair do papel e virar realidade”, reforçou o parlamentar.


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