Oficial de cartório acusado de matar namorada no Sul do estado enfrenta o júri popular

Justiça de Santa Catarina agendou julgamento para setembro

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09/06/2025 11h21 - Atualizado há 1 mês
3 Min

Oficial de cartório acusado de matar namorada no Sul do estado enfrenta o júri popular
Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal

 

A Justiça de Santa Catarina agendou para o dia 3 de setembro o júri popular de Paulo Odilon Xisto Filho, oficial de cartório, acusado de assassinar sua namorada, a modelo gaúcha Isadora Viana Costa, de 22 anos.

O crime ocorreu em Imbituba, no Sul do estado, em 8 de maio de 2018. A defesa do réu nega as acusações.

Segundo a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), Xisto Filho teria imobilizado Isadora após uma discussão, agredindo-a com golpes no abdômen enquanto estavam no apartamento dele.

A acusação menciona também que uma amiga do réu, que é advogada, alterou a cena do crime.

A confirmação da data do júri foi divulgada pela família de Isadora nas redes sociais na quinta-feira (5). 

O réu enfrentou prisão em duas ocasiões, em 2018 e 2019, mas atualmente está solto, conforme informado por seus advogados.

A defesa alega que Isadora faleceu em decorrência de uma overdose acidental, reiterando a inocência de Xisto Filho.

O MPSC relata que Xisto Filho conheceu Isadora em março de 2018 em Santa Maria (RS), onde começaram a namorar.

Em 22 de abril daquele ano, a jovem aceitou passar alguns dias no apartamento do namorado em Imbituba.

Durante a convivência, Isadora confidenciou a amigas que, em momentos em que o réu estava sob efeito de drogas, ele se tornava agressivo e descontrolado.

Dias após sua chegada a Santa Catarina, o homem teria passado mal e Isadora contatou sua família, o que não foi bem recebido por Xisto Filho, que mantinha seu uso de drogas em sigilo.

Após a visita da família do réu, o casal discutiu, e foi durante esse desentendimento que a jovem teria sido assassinada, segundo a acusação.

Os socorristas do Corpo de Bombeiros que atenderam Isadora relataram à polícia que, ao chegarem, o lençol da cama estava manchado de sangue, mas os investigadores encontraram, em seguida, a cama sem lençol.

Defesa

O Escritório Aury Lopes Jr Advogados, responsável pela defesa, reafirma a inocência de seu cliente e acredita que os jurados de Imbituba tomarão uma decisão justa, analisando as provas contidas no processo.

“Paulo não matou Isadora. Sua morte foi uma tragédia decorrente de uma overdose acidental. Ele jamais agrediu a vítima e a evidência demonstra que esta acusação é um grande erro”, afirmam.

Além disso, a defesa sustenta que não houve modificação criminosa da cena do crime e que as armas apreendidas, totalmente legais e registradas, foram restituídas.


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