LEIA: Tarifaço de Trump e restrições a Bolsonaro afetam política e economia de SC

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26/07/2025 12h06 - Atualizado há 17 horas
3 Min

LEIA: Tarifaço de Trump e restrições a Bolsonaro afetam política e economia de SC
Foto: Reprodução/NSC

 


A tarifa de 50% anunciada pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros já afeta diretamente a economia de Santa Catarina.

Empresas do setor moveleiro em cidades do Planalto Norte, como São Bento do Sul, Rio Negrinho e Campo Alegre, suspenderam parte da produção após o cancelamento de pedidos por importadores norte-americanos.

Cerca de 62% das exportações do setor são destinadas aos EUA.

A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) monitora o cenário e projeta impactos em outros segmentos.

A WEG, uma das principais exportadoras do Estado, avalia alternativas para reduzir os efeitos da medida.

Uma comitiva de senadores, incluindo o catarinense Esperidião Amin (PP), deve ir aos EUA para tratar do assunto com autoridades locais.

Em 2024, SC já exportou US$ 1,7 bilhão para os Estados Unidos, o equivalente a 14% do total de vendas externas do Estado.

As exportações para os EUA são fundamentais para setores que geram milhares de empregos diretos e impulsionam o Produto Interno Bruto (PIB) catarinense.

Os principais produtos enviados foram painéis de madeira para construção civil, motores elétricos e peças de motor.

Restrições a Bolsonaro afetam estratégias eleitorais no Estado

As decisões do STF que impuseram tornozeleira eletrônica e outras restrições a Jair Bolsonaro (PL) também impactam diretamente o ambiente político catarinense.

O governador Jorginho Mello (PL) e o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), ambos aliados do ex-presidente, se articulam como pré-candidatos ao governo em 2026 e disputam o mesmo eleitorado.

Com Bolsonaro proibido de deixar o Distrito Federal, ações previstas no Estado, como a caravana Rota 22, foram suspensas.

A Rota 22 é uma estratégia do PL nacional para fortalecer suas lideranças nos estados por meio de eventos com a presença do ex-presidente e de nomes de peso da legenda.

A ausência de Bolsonaro em agendas presenciais pode prejudicar os planos eleitorais de aliados, principalmente em um estado onde o ex-presidente teve 69% dos votos no segundo turno em 2022.

Disputa ao Senado reforça tensão entre aliados

A possível candidatura de Carlos Bolsonaro ao Senado por Santa Catarina altera os planos internos do PL.

O partido já cogitava lançar Carol de Toni ou Júlia Zanatta, mas uma delas pode perder espaço com a entrada do filho do ex-presidente na disputa.

A eleição de Jair Renan como vereador em Balneário Camboriú também mostra a aproximação da família Bolsonaro com o cenário político do Estado.

Oposição vê oportunidade com discurso econômico e nacionalista

A crise também é acompanhada de perto pela oposição. O PT aposta em pautas como defesa da soberania nacional, reindustrialização e isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil.

Décio Lima, que chegou ao segundo turno em 2022, deve ser novamente candidato ao governo e avalia que a disputa agora pode ir além da resistência simbólica e ganhar viabilidade eleitoral.

 


FONTE: NSC
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