A vereadora Giovana Mondardo (PCdoB), de Criciúma, passou à condição de ré em processo criminal, após a Justiça acolher denúncia por injúria racial contra o ex-secretário municipal de Assistência Social, Bruno Ferreira.
O episódio que deu origem à ação ocorreu em 8 de fevereiro de 2024, quando Bruno Ferreira registrou um Boletim de Ocorrência contra a parlamentar, após declarações feitas por ela em uma entrevista à Rádio Cidade em Dia. Na ocasião, Giovana Mondardo se referiu ao então secretário como "capitão do mato", em alusão à sua atuação no episódio envolvendo o prefeito Clésio Salvaro e um morador em situação de rua.
A expressão, historicamente associada à figura que, no período da escravidão, perseguia e capturava pessoas negras foragidas, foi considerada por Ferreira como ofensiva e de conotação claramente racista, o que motivou a ação judicial.
Com o recebimento da denúncia, o caso avança agora para a fase de instrução processual. Se condenada, a vereadora poderá sofrer pena de reclusão de 2 a 5 anos, além de multa e restrições a frequentar locais públicos de eventos, como estádios, teatros, shows e outras atividades culturais ou esportivas, pelo período de até três anos, conforme previsto na legislação.