A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC), de Criciúma, utilizou as redes sociais nesta quinta-feira (7/8) para se manifestar após ser denunciada ao Conselho Tutelar por levar sua filha bebê ao plenário da Câmara dos Deputados durante manifestações de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo Zanatta, a presença da criança foi motivada por necessidade, já que a deputada afirmou que deseja continuar amamentando e trabalhando ao mesmo tempo. “Foi a forma que encontrei de conciliar maternidade e mandato”, explicou.
A denúncia foi feita pelo deputado Reimont (PT-RJ), presidente da Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara. Para ele, a atitude de Zanatta representa uma possível exposição indevida de risco à criança, motivo pelo qual pediu a apuração do caso por parte do Conselho Tutelar.
“Tal conduta suscita sérias preocupações quanto à segurança da criança”, destacou Reimont em ofício encaminhado às autoridades competentes.
Júlia Zanatta reagiu com críticas, apontando o que considera uma postura hipócrita por parte da esquerda. “Até ontem, isso era louvável, celebrado pela esquerda e pelas feministas. Mas como sou uma mãe conservadora, resolveram atacar”, disse.
A parlamentar também ironizou a denúncia: “Se a minha filha estivesse em uma parada gay ou fazendo transição de gênero, talvez o Conselho Tutelar não fosse acionado.”
Zanatta ainda reforçou que a preocupação demonstrada por parlamentares da oposição não é com o bem-estar da criança, mas sim uma tentativa de ataque político. “Estão incomodados porque sou uma mulher de direita”, concluiu.