Mulher que matou marido e escondeu corpo no freezer é presa após 2 anos em liberdade

Ela afirma que morte foi motivada por violência doméstica.

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03/06/2025 13h35 - Atualizado há 4 semanas
3 Min

A mulher acusada de dopar, matar o companheiro e esconder o corpo dele dentro de um freezer em Santa Catarina foi presa preventivamente dois anos após o crime, descoberto em 19 de novembro de 2022. A decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi cumprida no sábado (31), segundo o Ministério Público de Santa Catarina, responsável pelo recurso.

Claudia Tavares Hoeckler confessou o crime e chegou a ficar detida entre novembro de 2022 e agosto de 2023, quando teve a liberdade concedida sob condição do uso de tornozeleira. O assassinato de Valdemir Hoeckler aconteceu em Lacerdópolis, no Oeste.

Ele tinha 52 anos e foi achado na residência em que o casal vivia após ficar cinco dias desaparecido. A denúncia descreve que Claudia dopou o marido, amarrou os pés, pernas e braços dele e o asfixiou com uma sacola.

Na época, a mulher se entregou à polícia. Ela e a defesa afirmam que a morte foi motivada por sucessivos episódios de violência doméstica, com agressões físicas, psicológicas e financeiras ao longo de mais de 20 anos.

O MPSC informou que recorreu ao STJ, pedindo novamente pela prisão, sob o argumento de que "mesmo que estivesse supostamente vivendo em um ambiente de violência doméstica e familiar (ponto ressaltado pela defesa), há evidente desproporcionalidade entre tal contexto e o crime praticado contra o cônjuge".

A autorização da prisão ocorreu na sexta-feira (30), após o STJ aceitar de forma monocrática pedido de prisão feito pelo MPSC ainda em agosto de 2023. A decisão cabe recurso.

Lesões no corpo

Na época do crime, Claudia foi até a delegacia e prestou depoimento. Na ocasião, conforme o delegado Gilmar Antônio Bonamigo, não era considerada suspeita. No entanto, os policiais perceberam ferimentos pelo corpo dela, "possivelmente de uma luta corporal".

Tribunal do júri

Claudia irá à júri popular, conforme determinou a Justiça de Santa Catarina. Ela responde por homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica. As qualificadoras são asfixia e emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

O processo tramita em segredo e a data de sessão do tribunal do júri ainda não foi marcada.


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