A Justiça de Santa Catarina decretou a prisão preventiva de André Luiz Salvador, acusado de cárcere privado, lesão corporal e extorsão contra a jovem Eduarda Pires Domingos, de 24 anos, moradora de Imbituba. A informação foi confirmada nesta terça-feira (17) pelo delegado Ulisses Gabriel, que coordena as investigações em conjunto com a Polícia Civil, a Polícia Militar e o Instituto Geral de Perícias.
De acordo com o delegado, o Ministério Público apoiou rapidamente o pedido de prisão desenvolvido após as denúncias apresentadas, resultando na decisão judicial que considera Salvador um foragido. “Após o pedido de prisão do agressor, conseguimos uma decisão favorável do juiz,” publicou o delegado, enfatizando a agilidade do processo.
A medida foi motivada por depoimentos públicos da vítima e de sua família, além de vários boletins de ocorrência que detalham tortura, dopagem, controle psicológico e ameaças com armas. As imagens de Eduarda, mostrando hematomas no rosto e no corpo, geraram forte repercussão nas redes sociais.
Reviravolta gera polêmica
Após alguns dias de forte comoção nas redes sociais, Eduarda apareceu em um vídeo ao lado do agressor, afirmando que “mereceu apanhar” e que havia retornado com ele por amor. Essa reviravolta causou grande comoção nacional, levando internautas a exigirem ações mais rigorosas por parte das autoridades.
Apesar dessa tentativa de retratação, a Polícia Civil e o Ministério Público mantiveram o pedido de prisão, que foi acatado pelo sistema judicial.
A advogada da família, Adriana Mascarenhas Perez, elogiou a celeridade e a firmeza das autoridades, ressaltando que a prisão é crucial para a proteção da jovem. “Parabenizamos o incansável trabalho das forças de segurança. A prisão é essencial para a preservação da ordem pública e da vida da jovem,” afirmou a defensora, reconhecendo também a postura inabalável da família em busca de justiça.
Desaparecimento do suspeito
Nas redes sociais, muitos usuários especulam que o suspeito fugiu com Eduarda para um local desconhecido, o que teria ocorrido antes da expedição oficial do mandado de prisão. “Agora o desespero é encontrar eles,” escreveu uma internauta, enquanto outros comentários sugeriam que a jovem pode ter sido pressionada ou ameaçada para retornar ao convívio do agressor.
Buscas contínuas pela polícia
As autoridades continuam as buscas pelo suspeito, tratando o caso como uma prioridade. “Aqui é linha dura,” afirmou o delegado Ulisses, reafirmando o compromisso da Polícia Civil de Santa Catarina em resolver a situação e garantir a segurança de todos os envolvidos.