Criciúma adotará novas medidas para o acolhimento, atendimento e tratamento de pessoas em situação de rua na cidade.
As novidades e ações foram definidas após a vivência por quase 24 horas do prefeito Vagner Espindola como pessoa nessas condições pelas ruas do município.
O gestor também ouviu os técnicos da Assistência Social que atuam na linha de frente.
Como encaminhamento imediato, será criado um grupo de trabalho multidisciplinar com o objetivo de construir soluções integradas que envolvam acolhimento, prevenção, tratamento e segurança.
As forças de segurança pública também serão envolvidas na construção.
A equipe definiu ainda o envio de um Projeto de Lei à Câmara de Vereadores que trata da regulamentação da internação involuntária em casos específicos de dependência química, como quando houver risco à integridade da própria pessoa em situação de rua ou de terceiros, e recusa ao tratamento voluntário.
Paralelo a isso, será ampliado o número de vagas disponibilizadas pela Administração Municipal para o tratamento.
Também foi autorizada a formação de mais uma equipe para a abordagem social e o Centro POP, com pessoal técnico e veículo.
O grupo de trabalho também avaliará a criação de um Observatório Municipal para mapear, cadastrar e monitorar em tempo real os casos de pessoas em situação de rua em Criciúma.
“É importante estar próximo da população e entender a fundo a realidade dos cidadãos para adotar medidas cada vez mais assertivas e eficientes. Criciúma acolhe bem as pessoas em situação de rua, mas agora também vai agir com mais presença, mais segurança e, quando necessário, com medidas firmes. Sempre com responsabilidade e amparo legal”, afirmou o prefeito.
A secretária de Assistência Social, Dudi Sônego, explicou que, por meio das novas medidas será possível construir estratégias e soluções integradas, não apenas para o acolhimento e tratamento das pessoas, mas, também, com foco na prevenção.
“Com a ampliação da nossa equipe técnica vamos poder acompanhar com mais efetividade as pessoas nas ruas e em tratamento, posteriormente encaminhando para as suas famílias e para oportunidades de emprego. O aumento das vagas para tratamento e a possibilidade da internação involuntária nos casos de risco também devem auxiliar nisso. São ações que impactam a saúde dessas pessoas, a segurança da cidade e o mercado de trabalho”, comentou.