Nacional: Padrasto é preso após dar bolinho de mandioca envenenado para enteado

Vítima segue em estado grave e respira com ajuda de aparelhos

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16/07/2025 16h55 - Atualizado há 14 horas
3 Min

Nacional: Padrasto é preso após dar bolinho de mandioca envenenado para enteado
Reprodução/Divulgação

Em reviravolta no caso do bolinho de mandioca envenenado, a Polícia Civil de São Paulo pediu a prisão temporária do padrasto de Lucas da Silva Santos, internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) após ingerir o alimento na última sexta-feira (11).

O jovem de 19 anos foi levado às pressas para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) em São Bernardo do Campo e teve parada cardíaca.

Até então, a principal suspeita era a tia, que enviou cinco bolinhos à família.

A investigação revelou, contudo, que o padrasto Admilson dos Santos foi responsável por entregar o bolinho de mandioca envenenado ao enteado. Ele teria encomendado a comida à irmã, Cláudia Trindade, e manipulado em seguida.

“Sempre fui uma boa tia, uma boa mãe, uma boa vizinha, uma boa amiga e estava sendo acusada injustamente”, Cláudia se defendeu. “Eu não posso acusar ele de nada, não posso dizer que ninguém é capaz de nada porque eu não conheço o coração de ninguém”.

Lucas da Silva Santos segue em estado grave e respira com ajuda de aparelhos. 

Segundo o irmão, Marcos Júnior Silva, o jovem passou mal cerca de 20 minutos após comer o bolinho de mandioca envenenado.

“O Lucas começou a convulsionar na cama. Aí colocaram ele no carro, correram com ele para a UPA. Chegando na UPA, ele acabou falecendo, acabou morrendo mesmo, tendo uma parada cardíaca”, contou ao Balanço Geral.

“Os médicos ficaram 20 minutos tentando reanimar, quando iam parar porque viram que não estava voltando, ele conseguiu voltar. Só que, infelizmente, teve que intubar”, completa.

A delegada Liliane Doretto, responsável pelo caso, demonstra preocupação com a saúde da vítima:

“O estado do Lucas é bem grave e está evoluindo. A gente não sabe se ele vai resistir”.

Todos os membros da família teriam comido o mesmo bolinho enviado pela tia, porém, somente Lucas passou mal.

Cláudia Trindade também alega que ingeriu a comida com os familiares e que ninguém teve reações adversas.

O fato levanta a suspeita de que Admilson dos Santos teria manipulado e oferecido o bolinho de mandioca envenenado especificamente para Lucas, sob pretexto de culpar a irmã.

“Meu padrasto tinha rixa com ela e ela tinha rixa com meu irmão também”, disse o irmão Caique da Silva.

“A princípio, ela falava que não gostava dele e sempre teve discussão com ele”.

A delegada Liliane Doretto revela que o padrasto é suspeito de abusar dos enteados e considera o caso como um “crime passional”, motivado por ciúmes.

“Ele foi o único que manipulou esse bolinho, entregou pessoalmente ao Lucas. A mãe já tinha achado estranha essa conduta. Ele tinha um comportamento diferente com o enteado e repetiu um comportamento de medo que o menino fosse embora. Efetivamente, Lucas ia começar um trabalho na segunda-feira”, detalha a investigadora.

A perícia coletou amostras da massa e dos ingredientes na residência da tia para apurar o possível uso de “chumbinho”, veneno clandestino para ratos.

O exame toxicológico ainda deve confirmar se Lucas foi de fato envenenado.


FONTE: Com informações de Balanço Geral SP
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